quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

‘Babaji’. - ‘Um Mahavatar desta Nova Era’ & ‘O Cristo Yogi da Índia Moderna’.



Babaji, já se encontra liberto da força atractiva de maya e da roda de reencarnações. Raras vezes volta ao corpo físico e, quando o faz, vem como um avatar: alguém designado por Deus como instrumento de bençãos sublimes para o mundo”... 

Sejam Bem-Vindos! - Bienvenidos! - Welcome! 
   
“O Ser Divino em mim, saúda Deus dentro de Ti! - Namastê!

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Descubra o Anjo da Guarda do dia de teu nascimento! - Grátis!
E c
onhecerás a ti mesmo e 
as qualidades divinas  em tuaAlma! 


 Ao conseguir se aprofundar cada vez mais em seu mundo interior, você atingirá um estado no qual será possível comunicar-se com seu espírito guardião e espíritos guias em seu coração"... (Ryuho Okawa). ['A Essência de Buda. O Caminho da Iluminação']. 

 Prece de Abertura Celta Druida
!
Prece Celta Druídica de Mago Merlin!
Ó Consciência Absoluta, que está em Mim e em toda parte!/ Ouça a minha voz!/
 Mãe Cerridwen, Senhora da Luz e da Magia,/ Seja guia da minha intuição./
Nesse mar do Absoluto, mergulho meu Ser interior,/
Em Amor, Sabedoria e Força!”.- (Oração Celta).

Música  suave 
acalma a mente, aquieta o coração e
 atrai os anjos e os animais. É
 o único elemento que 
une os seres humanos, sem distinção de raças, crenças & culturas!
”. 
Escolha abaixo sua música de fundo para ouvi-la,  durante a leitura dos textos!

A música 
Tem o poder de falar a todos os seres. Alegra e conforta-nos nas mais profundas tristezas. Pode acalmar a paixão de uma natureza selvagem e despertar a bravura no maior covarde. É o fator mais poderoso conhecido pelo homem
...
 - (Max Heindel). [‘O Mistério das Grandes Óperas’.  O ‘Parsifal’, de Richard Wagner].


Antes de reencarnar na Terra, você fez um plano do que pretendia
 alcançar. 
Fez contratos com todas as pessoas de sua vida: pais, irmãos,
 irmãs, parentes e amigos. Eles o ajudam a passar por tudo aquilo que
você planejou experienciar e aprender nesta vida
. - (Dolores Cannon).

A
prendiz do Caminho
 -
 ‘
Oração Celta de Abertura’.
YouTube -
 [Click on the Angel] 

 YouTube  - [Click on the image].
“Temos que despertar para o fato de que nos planos espirituais não estamos
 separados, nem divididos” . -  (A Mensagem Pleiadiana). 

“O planeta Terra é uma grande Escola Espiritual. Ninguém vem ao mundo quântico das possibilidades para ser feliz. E sim cumprir uma missão ou experienciar lições de vida, escolhidas antes de nascer, para expandir a Consciência da Alma!” - (Carlos Campos de Raphael).

Carl Jung & Consciência Cósmica!

“Minha consciência é como um olho que abarca os espaços mais distantes, mas o não-eu psíquico é aquilo que de maneira não espacial preenche esse espaço... Comparativamente, seria semelhante à contemplação de um céu noturno estrelado, pois o equivalente do mundo interior só pode ser o mundo exterior e, como atinjo este último por intermédio do corpo é através da Alma que atinjo o mundo interior... - (Alma. C.G. Jung. Memórias’, p. 350).

Você Aniversaria Hoje? Click on the Angels!
O Anjo Guardião de seu nascimento físico:
 

Anjo Cabalístico do Dia 03 de Dezembro. Anjo 40º ‘Ieiazel’. ‘Potências’.
Protege quem nasce em 14.02 - 28.04 - 10.07 - 21.09 e 03.12. 
 Anjo 40º ‘Ieiazel’. YouTube. (4:38). - [Click on the Angel].

Categoria angelical: ‘P
otências’. Príncipe: Camael. (Uriel). 

‘Potências’: “Categoria angelical dos anjos guardiões dos animais. Eles protegem a procriação e a perpetuação das mais diferentes espécies vivas no Universo".

Ligação com o Mestre Ascensionado: Príncipe  Uriel, do 6º raio). “Este raio desenvolve as faculdades intuitivas e curativas, Ajuda a “controlar" as forças e não a exorcizá-las". - (‘Anjos Cabalísticos’. Monica Buonfiglio).

‘Anjos Cabalísticos’. ‘Monica Buonfiglio’. - [12:34].

Peça aos Arcanjos Raphael & Miguel para proteger você! 
E afastem toda a energia negativa de medo, em qualquer situação
 que envolva as pessoas ao seu redor.

 ‘Quem é o Eu Sou!’- (Segundo Saint Germain).
YouTube. (5:15). - [Click on the Angel].

‘As Borboletas São Mensageiras Secretas dos Anjos da Guarda. - [16:43].
[Click on the image]


Bem-vindo Mês de Dezembro!
YouTube. - 1:40. - [Click  on the image].
 


Mensagem de Natal & Ano Novo Para 2026!
[Click on the image]

O Plano Original de Deus Para a Alimentação Humana!

“Originalmente, Deus criou o homem com arcada dentária de frugívoro e “alimentar-se de frutas e ervas que dão sementes”. - (Genesis, 1.29).

Alerta aos Consumidores de Carne Animal!


“Estudos científicos atuais mostram que a maioria das pessoas que consomem carne animal estão morrendo antes dos 75 anos de idade! A causa? Há tempos a comercialização dos bois e frangos das fazendas e granjas vêm usando ração contendo hormônios químicos para apressar o crescimento e comercialização desses animais...

Estou aos 96 anos, saudável, realizando este trabalho angélico, graças a alimentação ovo-lacto-vegetariana desde 1954. E jamais sofri dores de cabeça, infartos, AVC's, câncer, mal de Alzheimer, que acontecem as pessoas que consomem carne animal!!! E nesta Nova Era, aqueles que vêm despertando estão optando pelo Vegetarianismo ou o Veganismo. Desperte você também!”. - (Carlos Campos de Raphael. Espiritualista e vegetariano, por Amor aos animais).

Receita Vegetariana para um Ano Novo!
Ceia Vegana! YouTube. [Click on the image]

“Comece este Ano Novo de uma maneira totalmente nova! Jesus nasceu vegetariano e ensinou amar os animais! - Mude a alimentação e mudará sua vida! Experimente estas receitas vegetarianas ou veganas. E sentir-se-á mais saudável, em sintonia com a consciência e o espírito de Cristo: “Paz na Terra aos homens de boa vontade e a todos seres viventes!”. - (Carlos Campos de Raphael. - Espiritualista e vegetariano, por Amor aos animais -, desde 1954!).

Jesus Cristo, os Animais & Essênios do Mar Morto.
“Segundo ‘O Evangelho Essênio dos Doze Santos, Jesus e os Essênios do Mar Morto eram vegetarianos. E assim como o Buda, amavam os animais e nos ensinavam o divino direito à vida de todos os seres viventes!”..

Será que os bois, cavalos, cães e gatos, aves e peixes, são seres sencientes, e têm também sentimentos de Amor, recebidos do Supremo Criador?!”. Você acha a resposta no final deste texto, em: ‘A Espiritualidade da Alma dos Animais’. - (Carlos Campos de Raphael). 


Despertando Contigo: 'Por Que estou aqui?!' YouTube.

Este site interage com a categoria angelical ‘Virtudes’ de arcanjo Raphael. “Tem como atribuição orientar as pessoas a respeito de sua missão, aprendizado e/ou resgate kármico”.  Um Trabalho sob o incentivo angélico de ‘Veuliah', Anjo da Guarda do dia de meu nascimento físico. E em sintonia com os Anjos de Cura da Chama Verde do mestre ascensionado, Hilarion. 


Receba Energia de Cura & Equilíbrio! 
À medida que vocês doam com gratidão, em benefício de todos, o Universo traz mais para cada coisa boa doada... - (Eu Sou Hilarion). 

A Chama Violeta de Saint Germain. 
YouTube - [Click on the Image],
A chama violeta transmuta o ódio em bondade, além de expandir a consciência da espiritualidade!.

A Raposa disse ao Pequeno Príncipe:
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas!.
(Antoine de Saint-Exupéry).

Respeite o divino direito a Vida!

Ame e seja uma dádiva para todas as criaturas de Deus! Proteja, cuida, alimente, e se possível, acolha os cães e gatos de rua!


Os animais, são criaturas de Deus. E apesar de seu estágio evolutivo de consciência estar logo abaixo do Homem, suas Almas têm a mesma Essência divina da Alma humana, como também reencarnam! Amam, alegram-se e sofrem aflições, em suas tribulações nas experiencias da vida. São nossos fiéis companheiros de jornada na Terra, e assim como os anjos guardiões receberam a incumbência divina de nos proteger, devemos fazer o mesmo em relação a eles! - (Carlos Campos de Raphael). 
 Assim como nós, os animais defrontam tribulações em seu processo evolutivo de expansão da consciência... Respeite o divino direito à vida. Seja vegetariano! - Vivei e deixai viver!
.
 - (Parsifal de Wagner).

“ A Verdade é Luz!
.
 - Nosso lema  consciencial!
.
Citarei a Verdade aonde quer que à encontre!
.


Esclarecimento Sobre os Anjos!

“Muitas pessoas já me perguntaram se os anjos estão ‘dentro’ ou ‘fora’ de nós. Na verdade, penso nessa separação como absolutamente ilusória. Prefiro  sempre me referir aos anjos, a sua energia de cura e amor como fontes internas, pois se você for capaz de perceber a existência dessa energia dentro de você, será capaz com certeza de conectar-se também com a energia angelical universal que permeia tudo o que existe!” – (‘Jardim dos Anjos’, p. 12. Patricia Gebrim. Pensamento. 2009).

A Mensagem de Mahavatar Bábaji: 
“Esqueçam as nacionalidades. Somos uma Família Universal! Deixem a ideia de separação e o sentimento de serem “escolhidos!” Sirvam as pessoas com a mente, corpo  e conhecimento!” - “Somos todos iguais, independentes de país onde nascemos! Por isso, temos que ignorar as diferenças nacionais... Somos todos Um!” –(Bábaji). 

Respeite o divino direito a Vida!
Ame, proteja, alimente ou acolha os animais!
“Seja uma dádiva para todos os seres em sua vida!

Os animais são companheiros de jornada e nossos irmãos da mesma Essência divina da Alma: Amam, alegram-se e sofrem aflições como todo ser humano ao defrontar as tribulações da existência física! Vivei e deixai viver! - (O 'Parsifal' de Wagner).

Conheça Rio das Ostras - Litoral Norte do Rio de Janeiro! - 



 
   
“O Ser Divino em mim, saúda Deus dentro de Ti! - Namastê!

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Namastê! 
“O Deus em mim, saúda o Deus que há em você!

Mensagem de Natal!
“Se Cristo nascer mil vezes em Belém, e não em vossos corações, 
permanecereis extraviados!”. - (Angelus Silesius).

 Ao conseguir se aprofundar cada vez mais em seu mundo interior, você atingirá um estado no qual será possível comunicar-se com seu espírito guardião e espíritos guias em seu coração"... (Ryuho Okawa). ['A Essência de Buda. O Caminho da Iluminação']. 

 Oração Celta Druida de Merlin
!
Ó Consciência Absoluta, que está em Mim e em toda parte!/ 
Ouça a minha voz!/ Mãe Cerridwen, Senhora da Luz e da Magia,/
 Seja guia da minha intuição./ Nesse mar do Absoluto, mergulho 
meu Ser interior,/ Em Amor, Sabedoria e Força!”. - (Prece Celta).

“Música suave aquieta a mente, acalma o coração e atrai a presença dos Anjos
”. - 
Escolha sua música de fundo durante a leitura dos textos! -
- [Click on the Harp].
















Aprendiz do Caminho' - [Click on the Angel] 

“Minha consciência é como um olho que abarca os espaços mais distantes, mas o não-eu psíquico é aquilo que de maneira não espacial preenche esse espaço... Comparativamente, seria semelhante à contemplação de um céu noturno estrelado, pois o equivalente do mundo interior só pode ser o mundo exterior e, como atinjo este último por intermédio do corpo é através da Alma que atinjo o mundo interior... - (Alma. C.G. Jung. Memórias’, p. 350).


Despertando Contigo  - Youtube.

Sejam Bem-vindos!

Nosso site interage com a categoria angelical ‘
Virtudes’ dos Anjos de Cura, regida pelo arcanjo Raphael. Tem a atribuição: 
“O
rientar as pessoas a respeito da missão escolhida antes de nacer no mundo espaço-tempo; as lições de vida ou resgate kármico”. 
Um trabalho 
em 
ligação 
com o mestre ascensionado Hilarion
, do 
5º Raio Verde. E 
sob 
o incentivo de 
Veuliah’, o A
njo 
Guardião do dia de meu nasciment0
”. 
- (Carlos Campos de Raphael).  


Arcanjo Raphael: 5º Raio Verde de Cura! 
 [Click on the Image]

Receba Minha Energia de Cura & Equilíbrio! -  (Hilarion). >
 [Click on the Image]
À medida que cada um de vocês doa com gratidão para todos, o Universo de modo imparcial traz mais para cada coisa boa doada... - (Eu Sou Hilarion). 

Desperte, Caminhante das Estrelas!
[Click on the image] - YouTube.
“E se você estiver encarnado agora onde precisa estar, para o seu despertar?!

Dolores Cannon - (Hipnoterapeuta).
Antes de reencarnar na Terra, você fez um plano do que pretende alcançar. Fez contratos com as pessoas de sua vida: pais, irmãos, irmãs, parentes e amigos. Eles o ajudam a passar por tudo aquilo que você planejou experienciar e aprender nesta vida!. - (Dolores Cannon. Hipnoterapeuta. Entrevista  em 2009).


Muitas pessoas que agora vivem na Terra, são Almas Voluntárias que encarnaram para ajudar a elevar a vibração do planeta e de seus habitantes”... ('As Três Ondas de Voluntários e a Nova Terra'. Dolores Cannon). 

Colapso  do Velho: Nascimento do Novo! 
“Lembre-se de que atualmente você está sendo chamado a concentrar conscientemente a atenção em sua Alma, em despertar e ativar a energia, o poder e a criatividade de sua Alma!”... - (Dolores Cannon. Hipnoterapeuta). 



Você Aniversaria hoje? - Click nos Anjinhos!

Anjo Cabalístico do Dia 26/11. 33º Iehuiah. 
‘P
otencias’. 
  Protege quem nasce em: 07.02 - 21.04 - 03.07 - 14.09 e 26.11.
[Anjo 
Iehuiah. YouTube. 3:40. - [Click on the Angel].



Categoria angelical: ‘P
otências’. Príncipe: Camael. (Uriel). 

‘Potências’: “Categoria angelical dos anjos guardiões dos animais. Eles protegem a procriação e a perpetuação das mais diferentes espécies vivas no Universo".

Ligação com o Mestre Ascensionado: Príncipe  Uriel, do 6º raio). “Este raio desenvolve as faculdades intuitivas e curativas, Ajuda a “controlar" as forças e não a exorcizá-las". - (‘Anjos Cabalísticos’. Monica Buonfiglio).

‘Anjos Cabalísticos’. ‘Monica Buonfiglio’. - [12:34].



Seja Bem-vindo Novembro de 2025!
YouTube. - 1:10. - [Click  on the image].


O Plano de Deus Para a Alimentação Humana!
“Deus criou o homem com arcada dentária de frugívoro e “alimentar-se de frutas e ervas que dão sementes”. - (Genesis, 1.29).

 ‘O Evangelho dos Doze Santosdos essênios do Mar Morto e escrito em aramaico, língua hebraica que Jesus se expressava, revela que ele nasceu vegetariano, amava e defendia a vida dos animais


- E Graças a alimentação vegetariana desde 1954, estou adentrando aos 96 anos, lúcido e saudável, sem sofrer dores de cabeça, AVC's, infartos, câncer, etc., que acontecem aos que consomem carne animal!!! E nesta Nova Era, aqueles que despertam vem optando pelo Vegetarianismo ou o Veganismo. Desperte você também!”. - (Carlos Campos de Raphael. Vegetariano e espiritualista, por Amor aos animais).


A Chama Violeta de Saint Germain. 
 

A chama violeta transmuta o ódio em bondade, além de expandir a consciência da espiritualidade!.



Respeite o divino direito a Vida!

Ame e seja uma dádiva para todas as criaturas de Deus! 
 Cuida, proteja, alimente ou acolha os cães e gatos de rua!

Os animais são nossos fiéis companheiros de jornada. E defrontam como nós as tribulações da existência física! Suas Almas são da mesma Essência divina da Alma humana: Amam, alegram-se e sofrem aflições como todo ser humano! - Vivei e deixai viver! - (Parsifal de Wagner).

Seja Luz!”. - (Charles Chaplin). 
Carregue dentro de si apenas  o bem! O Amor, a bondade e a paz são sempre boas companheiras! - (Chaplin). 

Respeite a Natureza & A Vida de Todos os Seres!
(Click nos Anjos da Natureza - 'portaldeanjos.blogspot')



Introito:

 
Babaji’. -  Um Mahavatar desta Nova Era’ & O Cristo Yogi da Índia Moderna’. 
Os Upanishads classificaram de um modo minucioso cada estágio de avan­ço espiritual. Um siddha (“ser perfeito”) progrediu do es­tado de jivanmukta (“liberto em vida”) para o de paramukta (“supremamente livre”)e, com poder total sobre a morte.

Ele, já se encontra plenamente fora da força atractiva de maya e da roda de reencarnações. Raras vezes volta ao corpo físico e, quando o faz, vem como um avatar: alguém designado por Deus como instrumento de bençãos sublimes para o mundo.

Um avatar não está sujeito à economia univer­sal; o seu corpo puro, visto como uma imagem de luz, encontra-se livre de qual­quer dívida para com a Natureza. 

Talvez, ao olhar menos atento, não revele nada de extraordinário na aparência, mas, o seu corpo, ocasionalmente, não projecta sombra nem deixa qualquer pegada; duas provas simbólicas de quem está in­trínsecamente livre das sombras e da dependência material. 

Somente o homem­-Deus conhece a Verdade que está por detrás da relatividade da vida e da morte.

Ornar Khayyam, um poeta tão mal compreendido, louva este Ser ascenso na sua obra imortal, o Rubayat:

“Ah! Lua de meu Deleite que nunca minguas,

A Lua do Céu já surge de novo no horizonte;

Quantas vezes ela aqui renascerá então;

Neste mesmo Jardim, hás-de me procurar… em vão!

A “Lua de meu Deleite” é Deus, a eterna Estrela Polar, nunca anacrônica. A “Lua do Céu” é o universo exterior, agrilhoado à lei do regresso periódico. 

O sábio persa, por meio da AutoRealização, libertarase para sempre dos retornos compulsórios à Terra. “Quantas vezes ela aqui renascerá (…) hás-de me procurar… em vão!”[1]; que busca frustrante, num universo desvairado, por uma omissão absoluta!

Cristo expressou a sua liberdade de outro modo quando certo escriba se aproximou dele e lhe disse: “Mestre, seguirteei aonde quer que vás.

E Jesus respondeu-lhe:

As raposas têm covis e as aves do céu têm ninhos, mas, o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.” - [2].

Na vastidão de sua omnipresença, como se poderia seguir o Cristo, senão em Espírito?!

Buddha, Krishna, Rama e Patañjali contamse entre os antigos avatares indianos. Mas, existe  também considerável literatura poética em tamil, que desenvolveuse em torno de outro avatar, oriundo da Índia meridional, Agastya.

Ele, além de ter realizado muitos milagres durante os séculos anteriores e posteriores à era Cristã, credi­ta-se que até hoje ainda retenha a sua forma física. 


sou um Ser-espírito dos campos eternos da Luz” -, dizia. Eu sou você como você permanece além da ilusão materialcomo você eracomo é agoracomo seráantes e depois do encanto da matéria... - ('The Starseed Transmissions' - Ken Carey).

Os Upanishads classificaram minuciosamente cada estágio de avan­ço espiritual. Um siddha (“ser perfeito”) progrediu do es­tado de jivanmukta (“liberto em vida”) para o de paramukta (“supremamente livre”) que, com poder total sobre a morte, já se encontra plenamente fora da força atractiva de maya e da sua roda de reencarnações. Raras vezes volta ao corpo físico e, quando o faz, vem como um avatar: alguém designado por Deus como instrumento de bençãos sublimes para o mundo.

Um avatar não está sujeito à economia univer­sal; o seu corpo puro, visto como uma imagem de luz, encontra-se livre de qual­quer dívida para com a Natureza. Ao olhar menos atento, talvez não revele nada de extraordinário na aparência, mas, ocasionalmente, não projecta sombra nem deixa qualquer pegada; duas provas simbólicas de quem está in­trínsecamente livre das sombras e da dependência material. Somente o homem­-Deus conhece a Verdade que está por detrás da relatividade da vida e da morte.

Ornar Khayyam, um poeta tão mal compreendido, louva este ser ascenso na sua obra imortal, o Rubayat:

“Ah! Lua de meu Deleite que nunca minguas,

A Lua do Céu já surge de novo no horizonte;

Quantas vezes ela aqui renascerá então;

Neste mesmo Jardim, hás-de me procurar… em vão!

A “Lua de meu Deleite” é Deus, a eterna Estrela Polar, nunca anacrônica. A “Lua do Céu” é o universo exterior, agrilhoado à lei do regresso periódico. O sábio persa, por meio da AutoRealização, libertarase para sempre dos retornos compulsórios à Terra. “Quantas vezes ela aqui renascerá (…) hás-de me procurar… em vão!”[1]; que busca frustrante, num universo desvairado, por uma omissão absoluta!

Cristo expressou a sua liberdade de outro modo quando certo escriba se aproximou dele e lhe disse: “Mestre, seguirteei aonde quer que vás.

E Jesus respondeu-lhe:

“As raposas têm covis e as aves do céu têm ninhos mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.”[2]

Na vastidão da omnipresença, como se poderia seguir o Cristo, senão em Espírito?

Krishna, Rama, Buddha e Patañjali contamse entre os antigos avatares indianos. Mas também considerável literatura poética em tamil desenvolveuse em torno de um outro avatar, oriundo da Índia meridional, Agastya que, para além de ter realizado muitos milagres durante os séculos anteriores e posteriores à era Cristã, se acredi­ta que até hoje ainda retenha a sua forma física.





Os Upanishads classificaram minuciosamente cada estágio de avan­ço espiritual. Um siddha (“ser perfeito”) progrediu do es­tado de jivanmukta (“liberto em vida”) para o de paramukta (“supremamente livre”) que, com poder total sobre a morte, já se encontra plenamente fora da força atractiva de maya e da sua roda de reencarnações. Raras vezes volta ao corpo físico e, quando o faz, vem como um avatar: alguém designado por Deus como instrumento de bençãos sublimes para o mundo.

Um avatar não está sujeito à economia univer­sal; o seu corpo puro, visto como uma imagem de luz, encontra-se livre de qual­quer dívida para com a Natureza. Ao olhar menos atento, talvez não revele nada de extraordinário na aparência, mas, ocasionalmente, não projecta sombra nem deixa qualquer pegada; duas provas simbólicas de quem está in­trínsecamente livre das sombras e da dependência material. Somente o homem­-Deus conhece a Verdade que está por detrás da relatividade da vida e da morte.

Ornar Khayyam, um poeta tão mal compreendido, louva este ser ascenso na sua obra imortal, o Rubayat:

“Ah! Lua de meu Deleite que nunca minguas,

A Lua do Céu já surge de novo no horizonte;

Quantas vezes ela aqui renascerá então;

Neste mesmo Jardim, hás-de me procurar… em vão!

A “Lua de meu Deleite” é Deus, a eterna Estrela Polar, nunca anacrônica. A “Lua do Céu” é o universo exterior, agrilhoado à lei do regresso periódico. O sábio persa, por meio da Auto‑Realização, libertara‑se para sempre dos retornos compulsórios à Terra. “Quantas vezes ela aqui renascerá (…) hás-de me procurar… em vão![1]; que busca frustrante, num universo desvairado, por uma omissão absoluta!

Cristo expressou a sua liberdade de outro modo quando certo escriba se aproximou dele e lhe disse:

“Mestre, seguir‑te‑ei aonde quer que vás.

Jesus respondeu-lhe:

As raposas têm covis e as aves do céu têm ninhos mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.[2]

 

Na vastidão da omnipresença, como se poderia seguir o Cristo, senão em Espírito?

KrishnaRamaBuddha e Patañjali contam‑se entre os antigos avatares indianos. Mas também considerável literatura poética em tamil desenvolveu‑se em torno de um outro avatar, oriundo da Índia meridional, Agastya que, para além de ter realizado muitos milagres durante os séculos anteriores e posteriores à era Cristã, se acredi­ta que até hoje ainda retenha a sua forma física.

A missão de Babaji na Índia tem sido a de ajudar os profetas na execução das suas missões especiais. Assim, ele enquadra-se na classificação que as Escrituras dão de Mahavatar(Grande Avatar). Revelou ter dado a iniciação yogi a Shankara[3], o reorganizador da Ordem dos Swamis, e a Kabir, o fa­moso mestre medieval. O seu principal discípulo no século XIX, como sabemos, foi Lahiri Mahasaya, que revivificou a perdida arte do Kriya.

Babaji está em permanente comunhão com Cristo; juntos enviam vibrações redentoras e juntos planearam a técnica espiritual de salva­ção para esta era. A obra dos dois mestres completamente iluminados ‑ um com corpo e o outro sem ‑ é inspirar as nações a desistirem das guerras, do ódio racial, do sectarismo religioso e do materialismo, cujos males actuam como bumerangues. Babaji está a par das tendências modernas e, em especial, da influência e da com­plexidade da civilização ocidental; percebe a necessidade de difundir o yoga auto-libertador tanto no Oriente quanto no Ocidente.

A falta de referências históricas a Babaji não nos deve surpreender. O grande guru jamais apareceu abertamente em qualquer século; o equivocado brilho da publicidade não tem lugar nos seus planos mile­nares. Semelhante ao Criador, Poder único, mas silencioso, Babaji opera em humilde obscuridade.

Grandes profetas, como Cristo e Krishna, vêm ao mundo com um objectivo específico e grandioso e partem assim que o realizam. Outros avatares, como Babaji, incumbem‑se de obras mais relacionadas com o lento progresso evolutivo do homem através dos séculos, em vez de se ligarem a algum facto histórico excepcional. Tais mestres sempre se ocultam ao olhar grosseiro do público e têm o poder de se tornar invi­síveis quando querem. Por essas razões, e porque geralmente instruem os seus discípulos para que mantenham silêncio a respeito de si, algumas figuras espirituais do mais alto porte permanecem desconhecidas do mundo. Nestas páginas sobre Babaji, faço simplesmente uma menção à sua vida — só alguns factos que ele considera convenientes e úteis à divul­gação pública.

Jamais se descobriu qualquer dado limitador sobre a família e lugar de nascimento do Mahavatar Babaji — tão caros ao coração do cronista histórico. Geralmente fala o hindi, apesar de conversar facilmente em qualquer língua. Adoptou o singelo nome de Babaji (Re­verendo Pai); mas outros títulos de respeito, que recebeu dos discípulos de Lahiri Mahasaya, são: Mahamuni Babaji Maharaj (Supremo Mestre do Êxtase), Maha Yogi (O Grande Yogí) e Trambak Baba ou Shiva Baba (títulos de avatares de Shiva). Por acaso tem importância que des­conheçamos o patronímico de um mestre completamente liberto?

Disse Lahiri Mahasaya:

Sempre que algum devoto pronuncie o nome de Babaji com reverência, atrairá uma bênção espiritual instantânea. “

O guru imortal não mostra sinais de idade no seu corpo. Parece um jovem de vinte e cinco anos, não mais. De pele clara, constituição e estatura medianas, o belo e vigoroso corpo de Babaji irradia um brilho perceptível.Os seus olhos são escuros, serenos e ternos; o seu longo e lustroso cabelo é cor de cobre. Às vezes, o rosto de Babaji parece-se muito ao de Lahiri Mahasaya. Tão notável era a semelhança que Lahiri Mahasaya, nos seus últimos anos, poderia ocasionalmente ter pas­sado por pai de Babaji, cuja aparência é sempre a de um jovem.

Swami Kebalananda, o meu santo instrutor de sânscrito, passou algum tempo com Babaji [4] nos Himalaias e contou ele:

“O incomparável mestre movimenta-se com o seu pequeno grupo, de um lugar para outro nas montanhas, o qual se inclui também dois discípulos americanos extremamente adiantados. Depois de permanecer num local por algum tempo, Babaji diz:

´Dera danda uthao´ (´Levantemos o nosso bastão e acampamento.´); ele traz consigo um danda (bastão de bambu). As suas palavras são o sinal para o grupo mover‑se instantaneamente para outro lugar. Nem sempre ele emprega este método de viagem astral; por vezes percorre a pé os caminhos que levam de um cume a outro.

Babaji pode ser visto ou reconhecido somente quando assim o deseja. Sabe‑se que apareceu sob formas ligeiramente diferentes a vários devotos – ora com barba e bigode, ora sem. O seu corpo incorruptível não requer alimento, por isso raramente come. Quando recebe a visita de discípulos, ocasionalmente aceita, num gesto de cortesia social, frutas ou arroz cozido em leite e manteiga clarificada.

Conheço dois assombrosos incidentes da vida dele: certa noite, os seus discípulos estavam sentados em torno de uma enorme fogueira que ardia para uma sagrada cerimonia védica. O gurude súbitoagarrou uma acha incandescente e tocou-o de leve no ombro nú de um chela que se encontrava próximo do fogo.

Lahiri Mahasaya, ali presente, fez esta censura:

´Senhor, que crueldade!´

Babaji colocando a sua mão curativa sobre o ombro desfigurado do chela, pronunciou estas palavras:

´Preferia vê‑lo queimar-se até ficar em cinzas diante dos seus olhossegundo o de­creto do seu karma passado?´, ´Esta noitelivrei‑o de uma morte dolorosaA lei karmica cumpriu‑se satisfatoriamente com o seu leve sofri­mento pelo fogo

Noutra ocasião, o sagrado círculo de Babaji foi perturbado pela chegada de um estranho que, com uma admirável habilidade, escalara os penhascos até à plataforma, quase inacessível, próxima ao acampamento do guru. O seu rosto iluminara‑se com inexprimível veneração quando pronunciou:

´O senhor deve ser o grande Babaji.´, ´Há meses que tento incessantemente encontra-lo no meio destes penhascos ameaçadores. Imploro-lhe que me aceite como seu discípulo.´

Perante o silêncio do venerável guru, o homem apontou para o abismo rochoso aos seus pés e insistiu:

´Se recusar, atiro-me desta montanha. A vida não terá mais valor, se não puder obter a sua orientação para o Divino.´

Respondeu Babaji, sem emoção:

´Salte.´ ´Não posso aceitá‑lo no seu actual estado de desenvolvimento.

O homem imediatamente atirou‑se do penhascoBabaji, então, deu instruções aos chocados discípulos para recolherem o corpo do desco­nhecido. Quando regressaram com a forma destroçada, o mestre colo­cou a mão divina sobre o morto. Milagre! Este abriu os olhos e prostrou‑se com humildade ante aquele ser omnipotente.

Babaji, sorrindo carinhosamente para o ressuscitado chela, sentenciou:

´Agora está pronto para ser meu discípulo´, ´Passou corajosamente por um teste difíci[5]A morte não voltará a tocá‑loa partir deste momento é um dos imortais do nosso rebanho

A seguir, pronunciou as habituais palavras de partida:

´Dera danda uthao´; e o grupo inteiro desapareceu da montanha.”.

Um avatar vive no Espírito omnipresente; para ele não há dis­tância inversa ao quadrado. Só uma razão motiva Babajia conservar a sua forma física ao longo dos séculoso desejo de dar à humanidade o exemplo concreto das suas próprias possibilidades. Se ao homem nunca fosse concedido um vislumbre da Divindade encarnada, oprimido pela pesada ilusão (maya), ele continuaria a acreditar-se incapaz de transcender a morte.

Jesus conhecia os desígneos da sua vida desde o início. Viveu cada acontecimento não para si mesmo ou por qualquer compulsão Karmica, mas unicamente para a elevação espiritual dos seres humanos dotados de poder de reflexão. E para benefício das gerações futuras, os quatro evangelistas – Mateus, Marcos, Lucas e João ‑ registaram o inefável drama.

Também para Babaji não há a relatividade do passado, presente ou futuro, pois desde o princípio conhecia todas as fases da sua vida. Adaptando‑se à limitada compreensão dos homens, tem realizado muitas acções da sua vida divina em pre­sença de uma ou mais testemunhas. Isto aconteceu, com um discípulo de Lahiri Mahasaya, presente quando Babaji decidiu que chegara a hora de proclamar a possibilidade da imortalidade cor­poral. Ele proferiu esta promessa diante de Ram Gopal Muzumdar, para que, com o tempo, se tornasse conhecida e inspirasse outros cora­ções que buscam a verdade. Os grandes seres falam e participam do curso aparen­temente natural dos acontecimentos apenas em benefício da espécie humana. Conforme Cristo disse:

Pai (…) eu sei que Tu sempre me escutasmas assim falei por causa da multidão que me rodeiapara que creiam que Tu me enviaste[6].

Durante a minha estadia em Ranbajpur com Ram Gopal, “o santo que não dorme”[7], este relatou‑me a maravilhosa história do seu pri­meiro encontro com Babaji:

“Às vezes, eu saía da minha solitária caverna para me ir sentar aos pés de Lahiri Mahasaya em Benares.”, “Certa vez, por volta meia noite, quando meditava silenciosamente com um grupo de discí­pulos, o mestre fez-me um pedido surpreendente:

´Ram Gopal, vai imediatamente ao ghat de banho de Dasasamedh.´

Cheguei sem demora àquela lugar isolado. Era uma noite iluminada pelo luar e pelas estrelas que brilhavam. Sentei-me pacientemente em silêncio, durante algum tempo, até que a minha atenção foi atraída por uma enorme laje de pedra situada perto dos meus pés. Aos poucos ergueu-se e revelou uma caverna subterrânea; quando finalmente parou no ar, sustentada por meios misteriosos, a figura de uma mulher jovem insuperavelmente bela, envolta de uma túnica drateada, emergiu da cripta e levitou a grande altura. Rodeada por um ténue halo, desceu lentamente diante de mim e permaneceu imóvel, mergulhada em êxtase profundo. Depois moveu-se e falou com suavidade:

´Eu sou Matají [8]irmã de BabajiPedi-lhee também a Lahiri Mahasayaque viessem à minha caverna esta noite para discutirmos um assunto de grande importância.´ “.

Uma luz nebulosa flutuava velozmente sobre o Ganges; a estra­nha luminescência reflectia‑se nas águas escuras; aproximou‑se cada vez mais até chegar junto à Mataji num relâmpago ofuscante e, condensando‑se instantaneamente, assumiu a forma humana de Lahiri Mahasaya. Ram Gopal prostrou-se humildemente aos pés da santa mulher.

E regressando à narrativa directa de Ram Gopal, ele continuou:

“Antes que eu me recobrasse do espanto, fiquei ainda mais assombrado ao contemplar que outra espiral de luz mística viajava pelo céu. Descendo velozmente, o remedoinho flamejante aproximou‑se do nosso grupo e, materializando-se no corpo de um formoso jovem, imediatamente percebi ser Babaji. Parecia‑se a Lahiri Mahasaya, embora Babaji aparentasse ser mais jovem do que o seu discípulo e tivesse cabelos longos e brilhantes. Lahiri Mahasaya, Mataji e eu ajoelhamo-nos aos pés do grande guru. Uma etérea sensação de glória beatífica fez vibrar cada fibra do meu ser ao tocar o seu divino corpo físico. E Babaji anunciou:

´Abençoada irmãpretendo abandonar a minha forma física e mergulhar na Corrente Infinita

A gloriosa mulher, com um olhar suplicante, implo­rou ao irmão:

´Tive um vislumbre do seu planoamado mestree queria dis­cuti‑lo consigo esta noiteO que o leva a querer deixar o seu corpo

Babaji replicando:

´Que diferença faz eu vestir uma onda visível ou invisível no oceano do meu Espírito

Com um gracioso lampejo de genialidade Mataji argumentou:

´Guru imortalse isso não faz diferençaentãopor favornunca abandone o seu corpo fisico [9]

Concordando Babaji respondeu solenemente:

`Que assim sejaNunca deixarei o meu corpo físicoPermanecerei sempre visívelpelo menos para um pequeno grupo de pessoas na TerraDeus expressou a Sua vontade pelos seus lábios

Enquanto eu ouvia o diálogo daqueles seres excelsos com grande temor, o grande guru voltou‑se para mim com um gesto de bondade e exprimiu:

´Não tema, Ram Gopal, é uma bênção para si testemunhar a cena desta promessa imortal

À medida que a doce e melodiosa voz de Babaji foi diminuindo, o seu corpo e o de Lahiri Mahasaya começaram a levitar lentamente, recuando em direcção ao Ganges. Uma auréola de luz fulgurante envolvia-os enquanto iam desaparecendo no céu nocturno. A forma de Mataji flutuou, regressando à caverna; após a sua entrada, a laje de pedra baixou e fechou a passagem como se fosse movida por mãos invisíveis. Profundamente inspirado, voltei à casa de Lahiri Mahasaya. Ao reverenciá-lo naquele alvorecer, o meu guru dirigiu-me um sorriso complacente, dizendo:

´Estou feliz por si, Ram Gopal. O desejo de encontrar Babaji e Mataji, que sempre expressou, foi por fim maravilhosamente satisfeito.´

Os meus condiscípulos informaram-me que Lahiri Mahasaya não saíra de seu estrado desde que eu partira, quando já anoitecera.”. Um dos chelas contara-me:

´Ele fez uma maravilhosa palestra sobre a imortalidade, depois de você ter partido para o ghat de Dasasamedh.´

Pela primeira vez, entendi plenamente a verdade dos versículos das Escrituras quando afirmam que um homem AutoRealizado pode aparecer em diferentes lugares em dois ou mais corpos físicos ao mesmo tempo”.

Ram Gopal, concluindo:

´Lahiri Mahasaya posteriormente, explicou‑me muitos pontos metafísicos sobre o plano divino secreto para o planeta terra:

´Babaji foi escolhido por Deus para permanecer no corpo enquanto durar este ciclo específico do mundo. Eras virão e passarão, uma após outra, mas o mestre imortal[10]estará sempre presente neste palco terreno a contemplar o drama dos sé­culos.´”.

[1] Tradução para o inglês de Edward Fitzgerald.

[2] Mateus, 8:19‑20.

[3] Shankara, cujo guru, historicamente conhecido, foi Govinda Jati, recebeu a iniciação de Kriya Yoga de Babaji, em Benares. Babaji, ao contar a história a Lahiri Mahasaya e a Swami Kebalananda, forneceu muitos detalhes fasci­nantes do seu encontro com o grande monista.

[4] Babaji (Pai Reverenciado) é um título comum. Diversos instrutores de relevo na Índia recebem esse tratamento. Nenhum deles, porém, é Babaji, o guru de Lahiri Mahasaya. A existência do Mahavatar foi revelada ao público pela primeira vez em 1946em Autobiografia de um Yogue.

[5] Era um teste de obediência. Quando o mestre iluminado ordenou: “Salte”, o homem obedeceuSe hesitasserenegaria a sua afirmação de que considerava a vida inútil sem a orientação de Babaji. Se hesitasse, revelaria falta de confiança total no guru. Por issoapesar de drástico e invulgar, o teste foi perfeito naquelas circunstâncias.

[6] João, 11:41‑42.

[7] O Yogi omnipresente que me observou ao não me ter curvado no santuário de Tarakeswar (capítulo 13).

[8] “A Mãe Sagrada”. Matajitambém temvivido através dos séculosé quase tão adiantada espiritualmente quanto o irmãopermanece em êxtase numa secreta caverna subterrâneaperto do ghat de Dasasamedh.

[9] O incidente faz lembrar Tales. 0 grande filósofo grego ensinou que não havia diferença entre a vida e a morte. “Por que então não morre?”, perguntou‑lhe um crítico. “Porque não faz diferença”‑ respondeu Tales.

[10] “Se um homem guardar a minha palavra (permanecer ininterruptamente em Consciência Crística), jamais conhecerá a morte.” (João,8:51).

Nesta afirmação, Jesus não se referia à vida imortal no corpo físico ‑ um confinamento monótono com que dificilmente se castigaria um pecador, muito menos um santo! 0 homem iluminado de quem Jesus falava é aquele que despertou do transe mortal da ignorância para a Vida Eterna (capítulo 43).

A natureza essencial do homem é o Espírito omnipresente e sem forma. A encarnação, karmica ou obrigatória, é o resultado de avidyaigno­rância. As Escrituras hindus ensinam que o nascimento e a morte são manifestações de maya, ilusão cósmica. Nascimento e morte só têm sen­tido no mundo da relatividade.

Babaji não está limitado a um corpo físico ou a este planeta, mas, por vontade divina, cumpre uma missão especial na Terra.

Grandes mestres como Swami Pranabananda (cap. 27) que voltam à Terra em novos corpos, fazem‑no por motivos que eles conhecem melhor do que ninguém. As suas encarnações neste planeta não estão sujeitas às rígidas restrições do karmaEstes regressos voluntários chamam‑se vyutihana ou retorno à vida terrena depois que maya deixou de cegar.

Seja qual for a sua morte física, comum ou extraordinária, um mestre com plena realização divina é capaz de ressuscitar o seu corpo e nele aparecer aos olhos dos habitantes da Terra. Materializar os átomos de um corpo físico não exige grande esforço dos poderes de alguém que se uniu ao Senhor ‑ a Ele, cujos sistemas solares desafiam o cálculo!

Dou a minha vida para tornar a tomá‑la”‑ proclamou o Cristo. “Ne­nhum homem a tira de Mimmas eu mesmo a deponhoTenho poder para dá‑Ia e poder para tornar a tomá‑la.” (João, 10:17‑18).

 

        Bibliografia:

  • Autobiografia de um Iogue”, 2001, de Paramahansa Yogananda. Editora Lótus do Saber. Tradução: Português (Brasil).
  • Autobiografia de um Iogue”, 2008, de Paramahansa Yogananda. Editora Dinalivro. Tradução: Português (Portugal).
  • [Fonte: https://kriyayoga-mahavatarbabaji.com/mahavatar-babaji-o-cristo-yogi-da-india-moderna-2/ https://anjosensinosluz.blogspot.com/].

 

Quando você era ainda criança, sua prisão conceptual não estava

Os Upanishads classificaram minuciosamente cada estágio de avan­ço espiritual. Um siddha (“ser perfeito”) progrediu do es­tado de jivanmukta (“liberto em vida”) para o de paramukta (“supremamente livre”) que, com poder total sobre a morte, já se encontra plenamente fora da força atractiva de maya e da sua roda de reencarnações. Raras vezes volta ao corpo físico e, quando o faz, vem como um avatar: alguém designado por Deus como instrumento de bençãos sublimes para o mundo.

Um avatar não está sujeito à economia univer­sal; o seu corpo puro, visto como uma imagem de luz, encontra-se livre de qual­quer dívida para com a Natureza. Ao olhar menos atento, talvez não revele nada de extraordinário na aparência, mas, ocasionalmente, não projecta sombra nem deixa qualquer pegada; duas provas simbólicas de quem está in­trínsecamente livre das sombras e da dependência material. Somente o homem­-Deus conhece a Verdade que está por detrás da relatividade da vida e da morte.

Ornar Khayyam, um poeta tão mal compreendido, louva este ser ascenso na sua obra imortal, o Rubayat:

“Ah! Lua de meu Deleite que nunca minguas,

A Lua do Céu já surge de novo no horizonte;

Quantas vezes ela aqui renascerá então;

Neste mesmo Jardim, hás-de me procurar… em vão!

A “Lua de meu Deleite” é Deus, a eterna Estrela Polar, nunca anacrônica. A “Lua do Céu” é o universo exterior, agrilhoado à lei do regresso periódico. O sábio persa, por meio da Auto‑Realização, libertara‑se para sempre dos retornos compulsórios à Terra. “Quantas vezes ela aqui renascerá (…) hás-de me procurar… em vão![1]; que busca frustrante, num universo desvairado, por uma omissão absoluta!

Cristo expressou a sua liberdade de outro modo quando certo escriba se aproximou dele e lhe disse: “Mestre, seguir‑te‑ei aonde quer que vás.

Jesus respondeu-lhe:

As raposas têm covis e as aves do céu têm ninhos mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.[2]

 

Na vastidão da omnipresença, como se poderia seguir o Cristo, senão em Espírito?

KrishnaRamaBuddha e Patañjali contam‑se entre os antigos avatares indianos. Mas também considerável literatura poética em tamil desenvolveu‑se em torno de um outro avatar, oriundo da Índia meridional, Agastya que, para além de ter realizado muitos milagres durante os séculos anteriores e posteriores à era Cristã, se acredi­ta que até hoje ainda retenha a sua forma física.

A missão de Babaji na Índia tem sido a de ajudar os profetas na execução das suas missões especiais. Assim, ele enquadra-se na classificação que as Escrituras dão de Mahavatar(Grande Avatar). Revelou ter dado a iniciação yogi a Shankara[3], o reorganizador da Ordem dos Swamis, e a Kabir, o fa­moso mestre medieval. O seu principal discípulo no século XIX, como sabemos, foi Lahiri Mahasaya, que revivificou a perdida arte do Kriya.

Babaji está em permanente comunhão com Cristo; juntos enviam vibrações redentoras e juntos planearam a técnica espiritual de salva­ção para esta era. A obra dos dois mestres completamente iluminados ‑ um com corpo e o outro sem ‑ é inspirar as nações a desistirem das guerras, do ódio racial, do sectarismo religioso e do materialismo, cujos males actuam como bumerangues. Babaji está a par das tendências modernas e, em especial, da influência e da com­plexidade da civilização ocidental; percebe a necessidade de difundir o yoga auto-libertador tanto no Oriente quanto no Ocidente.

A falta de referências históricas a Babaji não nos deve surpreender. O grande guru jamais apareceu abertamente em qualquer século; o equivocado brilho da publicidade não tem lugar nos seus planos mile­nares. Semelhante ao Criador, Poder único, mas silencioso, Babaji opera em humilde obscuridade.

Grandes profetas, como Cristo e Krishna, vêm ao mundo com um objectivo específico e grandioso e partem assim que o realizam. Outros avatares, como Babaji, incumbem‑se de obras mais relacionadas com o lento progresso evolutivo do homem através dos séculos, em vez de se ligarem a algum facto histórico excepcional. Tais mestres sempre se ocultam ao olhar grosseiro do público e têm o poder de se tornar invi­síveis quando querem. Por essas razões, e porque geralmente instruem os seus discípulos para que mantenham silêncio a respeito de si, algumas figuras espirituais do mais alto porte permanecem desconhecidas do mundo. Nestas páginas sobre Babaji, faço simplesmente uma menção à sua vida — só alguns factos que ele considera convenientes e úteis à divul­gação pública.

Jamais se descobriu qualquer dado limitador sobre a família e lugar de nascimento do Mahavatar Babaji — tão caros ao coração do cronista histórico. Geralmente fala o hindi, apesar de conversar facilmente em qualquer língua. Adoptou o singelo nome de Babaji (Re­verendo Pai); mas outros títulos de respeito, que recebeu dos discípulos de Lahiri Mahasaya, são: Mahamuni Babaji Maharaj (Supremo Mestre do Êxtase), Maha Yogi (O Grande Yogí) e Trambak Baba ou Shiva Baba (títulos de avatares de Shiva). Por acaso tem importância que des­conheçamos o patronímico de um mestre completamente liberto?

Disse Lahiri Mahasaya:

Sempre que algum devoto pronuncie o nome de Babaji com reverência, atrairá uma bênção espiritual instantânea. “

O guru imortal não mostra sinais de idade no seu corpo. Parece um jovem de vinte e cinco anos, não mais. De pele clara, constituição e estatura medianas, o belo e vigoroso corpo de Babaji irradia um brilho perceptível.Os seus olhos são escuros, serenos e ternos; o seu longo e lustroso cabelo é cor de cobre. Às vezes, o rosto de Babaji parece-se muito ao de Lahiri Mahasaya. Tão notável era a semelhança que Lahiri Mahasaya, nos seus últimos anos, poderia ocasionalmente ter pas­sado por pai de Babaji, cuja aparência é sempre a de um jovem.

Swami Kebalananda, o meu santo instrutor de sânscrito, passou algum tempo com Babaji [4] nos Himalaias e contou ele:

“O incomparável mestre movimenta-se com o seu pequeno grupo, de um lugar para outro nas montanhas, o qual se inclui também dois discípulos americanos extremamente adiantados. Depois de permanecer num local por algum tempo, Babaji diz:

´Dera danda uthao´ (´Levantemos o nosso bastão e acampamento.´); ele traz consigo um danda (bastão de bambu). As suas palavras são o sinal para o grupo mover‑se instantaneamente para outro lugar. Nem sempre ele emprega este método de viagem astral; por vezes percorre a pé os caminhos que levam de um cume a outro.

Babaji pode ser visto ou reconhecido somente quando assim o deseja. Sabe‑se que apareceu sob formas ligeiramente diferentes a vários devotos – ora com barba e bigode, ora sem. O seu corpo incorruptível não requer alimento, por isso raramente come. Quando recebe a visita de discípulos, ocasionalmente aceita, num gesto de cortesia social, frutas ou arroz cozido em leite e manteiga clarificada.

Conheço dois assombrosos incidentes da vida dele: certa noite, os seus discípulos estavam sentados em torno de uma enorme fogueira que ardia para uma sagrada cerimonia védica. O gurude súbitoagarrou uma acha incandescente e tocou-o de leve no ombro nú de um chela que se encontrava próximo do fogo.

Lahiri Mahasaya, ali presente, fez esta censura:

´Senhor, que crueldade!´

Babaji colocando a sua mão curativa sobre o ombro desfigurado do chela, pronunciou estas palavras:

´Preferia vê‑lo queimar-se até ficar em cinzas diante dos seus olhossegundo o de­creto do seu karma passado?´, ´Esta noitelivrei‑o de uma morte dolorosaA lei karmica cumpriu‑se satisfatoriamente com o seu leve sofri­mento pelo fogo

Noutra ocasião, o sagrado círculo de Babaji foi perturbado pela chegada de um estranho que, com uma admirável habilidade, escalara os penhascos até à plataforma, quase inacessível, próxima ao acampamento do guru. O seu rosto iluminara‑se com inexprimível veneração quando pronunciou:

´O senhor deve ser o grande Babaji.´, ´Há meses que tento incessantemente encontra-lo no meio destes penhascos ameaçadores. Imploro-lhe que me aceite como seu discípulo.´

Perante o silêncio do venerável guru, o homem apontou para o abismo rochoso aos seus pés e insistiu:

´Se recusar, atiro-me desta montanha. A vida não terá mais valor, se não puder obter a sua orientação para o Divino.´

Respondeu Babaji, sem emoção:

´Salte.´ ´Não posso aceitá‑lo no seu actual estado de desenvolvimento.

O homem imediatamente atirou‑se do penhascoBabaji, então, deu instruções aos chocados discípulos para recolherem o corpo do desco­nhecido. Quando regressaram com a forma destroçada, o mestre colo­cou a mão divina sobre o morto. Milagre! Este abriu os olhos e prostrou‑se com humildade ante aquele ser omnipotente.

Babaji, sorrindo carinhosamente para o ressuscitado chela, sentenciou:

´Agora está pronto para ser meu discípulo´, ´Passou corajosamente por um teste difíci[5]A morte não voltará a tocá‑loa partir deste momento é um dos imortais do nosso rebanho

A seguir, pronunciou as habituais palavras de partida:

´Dera danda uthao´; e o grupo inteiro desapareceu da montanha.”.

Um avatar vive no Espírito omnipresente; para ele não há dis­tância inversa ao quadrado. Só uma razão motiva Babajia conservar a sua forma física ao longo dos séculoso desejo de dar à humanidade o exemplo concreto das suas próprias possibilidades. Se ao homem nunca fosse concedido um vislumbre da Divindade encarnada, oprimido pela pesada ilusão (maya), ele continuaria a acreditar-se incapaz de transcender a morte.

Jesus conhecia os desígneos da sua vida desde o início. Viveu cada acontecimento não para si mesmo ou por qualquer compulsão Karmica, mas unicamente para a elevação espiritual dos seres humanos dotados de poder de reflexão. E para benefício das gerações futuras, os quatro evangelistas – Mateus, Marcos, Lucas e João ‑ registaram o inefável drama.

Também para Babaji não há a relatividade do passado, presente ou futuro, pois desde o princípio conhecia todas as fases da sua vida. Adaptando‑se à limitada compreensão dos homens, tem realizado muitas acções da sua vida divina em pre­sença de uma ou mais testemunhas. Isto aconteceu, com um discípulo de Lahiri Mahasaya, presente quando Babaji decidiu que chegara a hora de proclamar a possibilidade da imortalidade cor­poral. Ele proferiu esta promessa diante de Ram Gopal Muzumdar, para que, com o tempo, se tornasse conhecida e inspirasse outros cora­ções que buscam a verdade. Os grandes seres falam e participam do curso aparen­temente natural dos acontecimentos apenas em benefício da espécie humana. Conforme Cristo disse:

Pai (…) eu sei que Tu sempre me escutasmas assim falei por causa da multidão que me rodeiapara que creiam que Tu me enviaste[6].

Durante a minha estadia em Ranbajpur com Ram Gopal, “o santo que não dorme”[7], este relatou‑me a maravilhosa história do seu pri­meiro encontro com Babaji:

“Às vezes, eu saía da minha solitária caverna para me ir sentar aos pés de Lahiri Mahasaya em Benares.”, “Certa vez, por volta meia noite, quando meditava silenciosamente com um grupo de discí­pulos, o mestre fez-me um pedido surpreendente:

´Ram Gopal, vai imediatamente ao ghat de banho de Dasasamedh.´

Cheguei sem demora àquela lugar isolado. Era uma noite iluminada pelo luar e pelas estrelas que brilhavam. Sentei-me pacientemente em silêncio, durante algum tempo, até que a minha atenção foi atraída por uma enorme laje de pedra situada perto dos meus pés. Aos poucos ergueu-se e revelou uma caverna subterrânea; quando finalmente parou no ar, sustentada por meios misteriosos, a figura de uma mulher jovem insuperavelmente bela, envolta de uma túnica drateada, emergiu da cripta e levitou a grande altura. Rodeada por um ténue halo, desceu lentamente diante de mim e permaneceu imóvel, mergulhada em êxtase profundo. Depois moveu-se e falou com suavidade:

´Eu sou Matají [8]irmã de BabajiPedi-lhee também a Lahiri Mahasayaque viessem à minha caverna esta noite para discutirmos um assunto de grande importância.´ “.

Uma luz nebulosa flutuava velozmente sobre o Ganges; a estra­nha luminescência reflectia‑se nas águas escuras; aproximou‑se cada vez mais até chegar junto à Mataji num relâmpago ofuscante e, condensando‑se instantaneamente, assumiu a forma humana de Lahiri Mahasaya. Ram Gopal prostrou-se humildemente aos pés da santa mulher.

E regressando à narrativa directa de Ram Gopal, ele continuou:

“Antes que eu me recobrasse do espanto, fiquei ainda mais assombrado ao contemplar que outra espiral de luz mística viajava pelo céu. Descendo velozmente, o remedoinho flamejante aproximou‑se do nosso grupo e, materializando-se no corpo de um formoso jovem, imediatamente percebi ser Babaji. Parecia‑se a Lahiri Mahasaya, embora Babaji aparentasse ser mais jovem do que o seu discípulo e tivesse cabelos longos e brilhantes. Lahiri Mahasaya, Mataji e eu ajoelhamo-nos aos pés do grande guru. Uma etérea sensação de glória beatífica fez vibrar cada fibra do meu ser ao tocar o seu divino corpo físico. E Babaji anunciou:

´Abençoada irmãpretendo abandonar a minha forma física e mergulhar na Corrente Infinita

A gloriosa mulher, com um olhar suplicante, implo­rou ao irmão:

´Tive um vislumbre do seu planoamado mestree queria dis­cuti‑lo consigo esta noiteO que o leva a querer deixar o seu corpo

Babaji replicando:

´Que diferença faz eu vestir uma onda visível ou invisível no oceano do meu Espírito

Com um gracioso lampejo de genialidade Mataji argumentou:

´Guru imortalse isso não faz diferençaentãopor favornunca abandone o seu corpo fisico [9]

Concordando Babaji respondeu solenemente:

`Que assim sejaNunca deixarei o meu corpo físicoPermanecerei sempre visívelpelo menos para um pequeno grupo de pessoas na TerraDeus expressou a Sua vontade pelos seus lábios

Enquanto eu ouvia o diálogo daqueles seres excelsos com grande temor, o grande guru voltou‑se para mim com um gesto de bondade e exprimiu:

´Não tema, Ram Gopal, é uma bênção para si testemunhar a cena desta promessa imortal

À medida que a doce e melodiosa voz de Babaji foi diminuindo, o seu corpo e o de Lahiri Mahasaya começaram a levitar lentamente, recuando em direcção ao Ganges. Uma auréola de luz fulgurante envolvia-os enquanto iam desaparecendo no céu nocturno. A forma de Mataji flutuou, regressando à caverna; após a sua entrada, a laje de pedra baixou e fechou a passagem como se fosse movida por mãos invisíveis. Profundamente inspirado, voltei à casa de Lahiri Mahasaya. Ao reverenciá-lo naquele alvorecer, o meu guru dirigiu-me um sorriso complacente, dizendo:

´Estou feliz por si, Ram Gopal. O desejo de encontrar Babaji e Mataji, que sempre expressou, foi por fim maravilhosamente satisfeito.´

Os meus condiscípulos informaram-me que Lahiri Mahasaya não saíra de seu estrado desde que eu partira, quando já anoitecera.”. Um dos chelas contara-me:

´Ele fez uma maravilhosa palestra sobre a imortalidade, depois de você ter partido para o ghat de Dasasamedh.´

Pela primeira vez, entendi plenamente a verdade dos versículos das Escrituras quando afirmam que um homem AutoRealizado pode aparecer em diferentes lugares em dois ou mais corpos físicos ao mesmo tempo”.

Ram Gopal, concluindo:

´Lahiri Mahasaya posteriormente, explicou‑me muitos pontos metafísicos sobre o plano divino secreto para o planeta terra:

´Babaji foi escolhido por Deus para permanecer no corpo enquanto durar este ciclo específico do mundo. Eras virão e passarão, uma após outra, mas o mestre imortal[10]estará sempre presente neste palco terreno a contemplar o drama dos sé­culos.´”.

[1] Tradução para o inglês de Edward Fitzgerald.

[2] Mateus, 8:19‑20.

[3] Shankara, cujo guru, historicamente conhecido, foi Govinda Jati, recebeu a iniciação de Kriya Yoga de Babaji, em Benares. Babaji, ao contar a história a Lahiri Mahasaya e a Swami Kebalananda, forneceu muitos detalhes fasci­nantes do seu encontro com o grande monista.

[4] Babaji (Pai Reverenciado) é um título comum. Diversos instrutores de relevo na Índia recebem esse tratamento. Nenhum deles, porém, é Babaji, o guru de Lahiri Mahasaya. A existência do Mahavatar foi revelada ao público pela primeira vez em 1946em Autobiografia de um Yogue.

[5] Era um teste de obediência. Quando o mestre iluminado ordenou: “Salte”, o homem obedeceuSe hesitasserenegaria a sua afirmação de que considerava a vida inútil sem a orientação de Babaji. Se hesitasse, revelaria falta de confiança total no guru. Por issoapesar de drástico e invulgar, o teste foi perfeito naquelas circunstâncias.

[6] João, 11:41‑42.

[7] O Yogi omnipresente que me observou ao não me ter curvado no santuário de Tarakeswar (capítulo 13).

[8] “A Mãe Sagrada”. Matajitambém temvivido através dos séculosé quase tão adiantada espiritualmente quanto o irmãopermanece em êxtase numa secreta caverna subterrâneaperto do ghat de Dasasamedh.

[9] O incidente faz lembrar Tales. 0 grande filósofo grego ensinou que não havia diferença entre a vida e a morte. “Por que então não morre?”, perguntou‑lhe um crítico. “Porque não faz diferença”‑ respondeu Tales.

[10] “Se um homem guardar a minha palavra (permanecer ininterruptamente em Consciência Crística), jamais conhecerá a morte.” (João,8:51).

Nesta afirmação, Jesus não se referia à vida imortal no corpo físico ‑ um confinamento monótono com que dificilmente se castigaria um pecador, muito menos um santo! 0 homem iluminado de quem Jesus falava é aquele que despertou do transe mortal da ignorância para a Vida Eterna (capítulo 43).

A natureza essencial do homem é o Espírito omnipresente e sem forma. A encarnação, karmica ou obrigatória, é o resultado de avidyaigno­rância. As Escrituras hindus ensinam que o nascimento e a morte são manifestações de maya, ilusão cósmica. Nascimento e morte só têm sen­tido no mundo da relatividade.

Babaji não está limitado a um corpo físico ou a este planeta, mas, por vontade divina, cumpre uma missão especial na Terra.

Grandes mestres como Swami Pranabananda (cap. 27) que voltam à Terra em novos corpos, fazem‑no por motivos que eles conhecem melhor do que ninguém. As suas encarnações neste planeta não estão sujeitas às rígidas restrições do karmaEstes regressos voluntários chamam‑se vyutihana ou retorno à vida terrena depois que maya deixou de cegar.

Seja qual for a sua morte física, comum ou extraordinária, um mestre com plena realização divina é capaz de ressuscitar o seu corpo e nele aparecer aos olhos dos habitantes da Terra. Materializar os átomos de um corpo físico não exige grande esforço dos poderes de alguém que se uniu ao Senhor ‑ a Ele, cujos sistemas solares desafiam o cálculo!

Dou a minha vida para tornar a tomá‑la”‑ proclamou o Cristo. “Ne­nhum homem a tira de Mimmas eu mesmo a deponhoTenho poder para dá‑Ia e poder para tornar a tomá‑la.” (João, 10:17‑18).

 

        Bibliografia:

  • Autobiografia de um Iogue”, 2001, de Paramahansa Yogananda. Editora Lótus do Saber. Tradução: Português (Brasil).
  • Autobiografia de um Iogue”, 2008, de Paramahansa Yogananda. Editora Dinalivro. Tradução: Português (Portugal).
  • [Fonte: https://kriyayoga-mahavatarbabaji.com/mahavatar-babaji-o-cristo-yogi-da-india-moderna-2/ https://anjosensinosluz.blogspot.com/].



Mahavatar Babaji – O Cristo Yogi da Índia Moderna










Badrinarayan



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