“A Divindade em mim, saúda Deus em Ti!”
(*) “Somos caminhantes das estrelas... Seres espirituais vivendo experiências numa veste humana”. (Sabedoria Maya). Ninguém nasce ao Acaso num certo dia e hora, como indica seu mapa astrológico e o 'Oráculo dos Anjos'... A consciência da Alma-Espírito, porém esquece a missão ou lições de vida que escolheu experienciar no 'campo quântico de possibilidades', ao adentrar uma veste feminina ou masculina do mundo espaço-tempo. No entanto, as características do Anjo da Guarda que acompanha você desde o início do processo de nascimento físico, podem revelar as qualidades que o ser interior traz de vidas passadas e potencialidades que escolheu experienciar para expandir a consciência cósmica do 'Self' imortal -, figurado às vezes como 'criança divina'... NOTE BEM: Embora a infância seja determinada por escolhas a nível da Alma e/ou fator kármico, é-nos dada a opção de mudar o roteiro na adolescência ou vida adulta, seja rumo ao Alto, o 'Bem Superior', ou para baixo, o 'Mal'... Na verdade, tudo faz parte do aprendizado. E quem determina o Destino, não é nenhum Deus, e sim nós próprios. Karma, no sânscrito, significa “escolha e ação”. São as escolhas e atos de hoje, que consubstanciam nosso destino benéfico ou maléfico de amanhã. É lei cósmica: "O que homem semear, isso colherá"... Lembre-se: "Ninguém nasce para sofrer. Nasce para aprender! Na verdade, “antes de nascer, o homem já viveu!”.... [Ver: ‘O Renascimento da Alma’, 37, 6 e 7]. (Carlos Campos de Raphael).
ACORDE! (*) - Caminhante das Estrelas!
“Velar é a chave para nos tornar mestres da natureza interior”... (‘O Despertar dos Mágicos’ - Gustav Meyrinck).
(*) “Antes de reencarnar na Terra, você fez um plano do que pretendia alcançar. Fez contratos com as pessoas de sua vida: pais, irmãos, parentes e amigos. Eles o ajudam a passar por tudo o que planejou realizar nesta vida”... (Dolores Cannon). Em ‘O Renascimento da Alma’, Jesus ensina a Nicodemos, que: “Quando vem das trevas, [o homem] antes já viveu”... (‘O Evangelho Essênio dos Doze Santos'’, cap. 37).
Em ‘O Renascimento da Alma’, Jesus ensina a Nicodemos: “Quando vem das trevas, [o homem] antes já viveu”... (‘O Evangelho Essênio dos Doze Santos'’, cap. 37). Esse ensino de Jesus referia-se aos ciclos de reencarnação do Espírito, mas extirpado no Concílio de Constantinopla, 553 d.C. e da Vulgata latina (a Bíblia). Eis por que você não o vê na versão oficial do capítulo 3 do Evangelho de João! (Carlos Campos de Raphael).
“Música suave aquieta a mente, o coração e atrai a presença dos Anjos!” Escolha sua música de fundo para ler os textos:
Você Aniversaria Hoje? ‘Click on the Angels!’
Mensagem Angelical: “Ouça somente o Amor!”
“Evite que o medo afaste ou distraia você de sua missão Divina!” ”
Aniversariantes de 15 a 22 de Fevereiro - Protegidos pela categoria angelical ‘Virtudes’: são Anjos regidos pelo Príncipe-Arcanjo, Raphael. Essa categoria tem como atribuição divina orientar as pessoas a respeito de sua missão e/ou cumprimento do karma... (Anjos Cabalísticos. Monica Buonfiglio).
Querido Arcanjo Raphael, agradeço-lhe por preencher-me com sua ilimitada energia Divina de Amor e Luz!
Aniversariantes de 23 de Fevereiro a 02 de Março - São protegidos pela categoria angelical ‘Principados’: Anjos regidos pelo Príncipe-Arcanjo, Haniel.
‘Principados’: Categoria responsável pelos estados, países e reinos. Protege também a fauna, a flora e o reino mineral... (Anjos Cabalísticos. Monica Buonfiglio).
“É oportunidade de agilizar seus planos. Ouça sua intuição para a melhor orientação. Enfrente seus medos e sairá fortalecido!”
Querido Arcanjo Raphael, agradeço-lhe por preencher-me com sua ilimitada energia Divina de Amor e Luz!
Aniversariantes de 23 de Fevereiro a 02 de Março - São protegidos pela categoria angelical ‘Principados’: Anjos regidos pelo Príncipe-Arcanjo, Haniel.
‘Principados’: Categoria responsável pelos estados, países e reinos. Protege também a fauna, a flora e o reino mineral... (Anjos Cabalísticos. Monica Buonfiglio).
“É oportunidade de agilizar seus planos. Ouça sua intuição para a melhor orientação. Enfrente seus medos e sairá fortalecido!”
Oráculos: ‘I Ching’ - Consulta Grátis!
Carl Jung consultou o oráculo, e a resposta foi tão concludente que lhe deu a certeza de que agentes espirituais atuavam por trás do ‘I Ching’! Deve-se fazer perguntas ao ‘I Ching’, que sejam significativas para você. E o ‘I Ching’, através de moedas ou Internet, dará uma resposta que servirá para aquele momento que está vivendo! [Prefácio de C.G. Jung].
Quando consultei as Cartas do Tarot, e as previsões passaram a ocorrer, foi me dado, em meio aos eventos, a opção de mudar o rumo do destino! Por isso, chamo seus agentes espirituais de Anjos da Sincronicidade! (Carlos Campos de Raphael)
Conheça a cidade de Rio das Ostras -
Litoral Norte do Rio de Janeiro:
‘Significado Místico do Santo Graal’
& O ‘Parsifal de Wagner’ -
& O ‘Parsifal de Wagner’ -
('Cristianismo Rosacruz'. Max Heindel).
“Ouvis o Chamado? - Agradecei então a Deus por ter-vos concedido ouvi-lo”... ('Parsifal' - Ato I).
“O ‘Parsifal’ de Wagner, tem início num cenário próximo ao Castelo de Montsalvat”...
Este é um lugar de paz, onde toda vida é sagrada e os animais e aves não sentem temor algum porque os cavaleiros do Graal, como quaisquer homens verdadeiramente santos, são inofensivos e inocentes, que não matam para comer, e tampouco por esporte, aplicando a todos os seres viventes a máxima: “Vivei e deixai viver”...
Aurorea e Gunermanz, o mais velho dos cavaleiros do Graal, encontra-se sob uma árvore, com dois escudeiros. Despertando de seu repouso noturno, eles vêem Kundry aproximando-se, galopando num cavalo selvagem...
“Vemos em Kundry a criatura de dupla existência, uma como servidora do Graal, ansiando servir por todos os meios ao seu alcance aos desígnios dos cavaleiros do Graal, e esta parece ser sua verdadeira natureza”...
A outra existência é vivida como escrava involuntária do mago negro Klingsor, forçada a tentar e mortificar aos cavaleiros do Graal, a quem deseja servir”...
O portal entre uma e outra existência é a porta do “sono”; e se vê obrigada a servir quem a encontra e a desperta. Se for Gunermanz, torna-se a fiel servidora do Graal; mas, se Klingsor a evoca por meio de suas bruxarias, vê-se forçada a servir aos seus intentos maléficos, quer ela queira ou não.
Na primeira parte do drama, Kundry veste uma túnica de peles de serpentes, símbolo da doutrina do renascimento (¹).
“Porque assim como a serpente cria nova pele capa após capa, e a exsuda de si mesma, assim também o Eu* (2), no processo evolutivo de seu desenvolvimento, desprende de si mesmo, qual serpente, um corpo após outro, abandonando cada veículo quando ele se torna endurecido e cristalizado, ou seja, quando perde a sua eficiência”...
O renascimento (*) está associado ao ensino da Causalidade [ou lei do karma, escolha e ação], a lei que nos traz os frutos de tudo o que semeamos. É a lei explícita nas palavras de Gunermanz, quando o seu jovem escudeiro expressa sua desconfiança em Kundry, e então Gunermanz responde:
“Ela pode estar sob alguma maldição /Fruto de alguma vida passada que não vemos, /Buscando libertar-se do pecado, /Por meio de obras que lhe parecem boas… /Certamente ser-lhe-á benéfico seguir assim, /Ajudando-se a si mesma quando a outros ajuda”...
“Quando Kundry entra em cena, retira do seio um frasco dizendo que o traz da Arábia, esperando seja um bálsamo para o ferimento no flanco de Amfortas, o rei do Graal, cuja ferida lhe causa sofrimentos indizíveis e jamais pode ser curada.
O rei enfermo é trazido então reclinado numa liteira; irá banhar-se no lago próximo, como o faz diariamente, onde dois cisnes nadam, convertendo as águas numa poção balsâmica para seus terríveis sofrimentos”...
Amfortas agradece a Kundry, mas diz que acredita não haver alívio para ele enquanto não vier o libertador, profetizado pelo Graal: “Um tolo virgem, inocente, iluminado pela compaixão”. Mas Amfortas pensa que a morte chegará antes da libertação.
Quando retiram Amfortas, quatro dos jovens escudeiros agrupam-se ao redor de Gurnemanz, rogando-lhe que lhes conte a história do Graal e a ferida do rei Amfortas. Todos se recostam sob a árvore, e então Gurnemanz começa:
“Na noite em que nosso Senhor e Salvador, Cristo Jesus, celebrou a última ceia com os discípulos, bebeu o vinho de um certo cálice mais tarde usado por José de Arimatéia para recolher o sangue vital que fluía da ferida no flanco do Redentor. Guardou também a lança sangrenta com a qual o feriram, levando consigo essas relíquias, enfrentando muitos perigos e perseguições”...
“Por último, essas relíquias ficaram sob o encargo dos Anjos, até que certa noite um mensageiro místico enviado por Deus a Titurel, pai de Amfortas, pediu-lhe para construir um castelo a fim de recebê-las e guardá-las em segurança”...
Titurel construiu então o castelo de Montsalvat numa elevada montanha, e ali depositadas as relíquias sob sua custódia e a de um grupo de cavaleiros santos e castos que se lhe agregaram. E Montsalvat converteu-se por fim num centro de poderosas influências espirituais, que fluíam para o mundo exterior...
“Todavia, longe dali, vivia num vale pagão um cavaleiro negro que, embora não fosse casto, desejava tornar-se um cavaleiro do Graal, e para esse fim castrou-se, privando-se da capacidade de gratificar suas paixões, mas estas subsistiam”...
E o rei Titurel, ao ver o coração desse homem cheio de negros desejos, recusou admiti-lo. Klingsor jurou então que se não podia servir o Graal, o Graal o serviria...
“E construiu um castelo rodeado de um jardim mágico, repleto de donzelas de extraordinária beleza e recendendo a um perfume como o das flores. E desse modo, como os cavaleiros do Graal precisavam atravessar o jardim mágico ao sair ou voltar a Montsalvat, eram tentados a sentir desejos de violar o voto de castidade e o juramento de fé, convertendo-se assim em prisioneiros de Klingsor, e poucos restaram como fiéis defensores do Graal”.
Nesse ínterim, Titurel havia confiado a custódia do Graal ao seu filho Amfortas e este, vendo os sérios inconvenientes produzidos por Klingsor, decidiu sair para combatê-lo. Para esse fim levou consigo a lança sagrada...
O astucioso Klingsor, porém não foi ao encontro de Amfortas em pessoa, e sim evocou a Kundry, transformando magicamente sua aparência hedionda, numa mulher extremamente bela...
“Dominada pela sórdida magia de Klingsor, Kundry vai ao encontro do rei Amfortas e tenta-o, até ele render-se em seus braços, deixando cair a lança sagrada. Klingsor aparece então, apodera-se da lança e fere ao rei indefeso”.
E Amfortas seria aprisionado, se não fosse pelos heroicos esforços de Gurnemanz. Não obstante, Klingsor conseguiu manter em seu poder a lança sagrada, e Amfortas desde então retorce de dor, porque a ferida não pôde mais ser curada”.
Nesse ponto da história, os jovens escudeiros erguem-se exaltados, afirmando que irão vencer a Klingsor e recuperarão a lança sagrada.
Gurnemanz meneia tristemente a cabeça, dizendo que essa tarefa está mais além de as forças deles; reitera, porém a profecia de que a redenção de Amfortas será efetuada por “um tolo, puro e iluminado pela compaixão”...
Ouvem-se gritos: “O cisne! Oh, o cisne!”, e um cisne cruza o palco em grande agitação e cai morto aos pés de Gurnemanz e dos escudeiros, que ficam muito agitados pela visão.
“Outros escudeiros trazem um jovem intrépido, armado de arco e flecha que, à triste pergunta de Gurnemanz:
“Por que mataste a inofensiva criatura?” E Parsifal responde inocentemente: “Fiz mal?”
Gurnemanz fala-lhe então sobre o rei sofredor e da contribuição do cisne na preparação do banho curativo. Parsifal fica profundamente comovido pela narrativa e quebra seu arco...
“Em todas as religiões, o Espírito vivificante tem sido simbolicamente representado por uma ave”...
No Batismo, quando o corpo de Jesus estava na água, o Espírito de Cristo desceu sobre ele na forma de uma pomba. “O Espírito move-se sobre as águas”, o meio fluídico, como os cisnes se movem no lago debaixo do Yggdrasil, a árvore da vida da mitologia nórdica, ou sobre as águas do lago na lenda do Graal.
A ave é, portanto, a representação direta da mais alta influência espiritual e, com razão, os cavaleiros entristeceram-se com a perda. A verdade tem muitas facetas. Há pelo menos sete interpretações válidas para cada mito, uma para cada mundo.
Encarada pelo lado material e literal, a compaixão gerada em Parsifal e o ato de quebrar seu arco, marcam um passo definido para a vida mais elevada...
“Ninguém pode ser verdadeiramente compassivo e almejar a evolução espiritual, enquanto matar para comer, seja de forma pessoal ou indireta. A vida inofensiva é um requisito absoluto e essencial para a vida prestativa”...
“Gurnemanz começa a questioná-lo: quer saber quem é ele e como chegou ao Monte Salvat. Parsifal demonstra a mais surpreendente ignorância. A todas as perguntas, responde: “Eu não sei”...
Por fim, Kundry diz em voz alta: “Eu posso dizer-vos quem ele é. Seu pai era o nobre Gamuret, um príncipe entre os homens, que morreu combatendo na Arábia enquanto este jovem estava ainda no ventre de sua mãe, Lady Herzeleid”.
Em seu último suspiro, seu pai chamou-o Parsifal, o simplório puro. Sua mãe temendo que ele pudesse crescer, aprender as artes da guerra e ser afastado dela, criou-o numa densa floresta na ignorância de armas e guerras"...
Aqui Parsifal interrompe e diz: “Sim, um dia eu vi alguns homens montados em belos animais e quis ser igual a eles, por isso segui-os por muitos dias até que cheguei aqui e tive que lutar com muitos monstros semelhantes aos homens”...
“Nesta história temos um excelente quadro da alma à procura das realidades da vida. Gamuret e Parsifal são fases diferentes da vida da alma. Gamuret é o homem do mundo que se casou com Herzeleid ['Aflição do Coração'], que representa um coração aflito. Conhece o infortúnio e morre para o mundo, como todos nós fazemos quando ingressamos numa vida superior.
Enquanto a barca da vida flutua nos mares do verão e nossa existência parece uma bela e doce melodia, não há incentivo para voltarmo-nos para a vida superior; cada fibra em nosso corpo grita: “Isto é suficientemente bom para mim”...
Mas, quando os vagalhões da adversidade elevam-se à nossa volta e cada nova onda ameaça tragar-nos, então, unidos às aflições do coração, tornamo-nos homens sofredores e estamos prontos para nascer como Parsifal, o ingênuo, ou a alma pura que rejeita a sabedoria do mundo e sai em busca da vida superior.
Enquanto o homem procurar acumular dinheiro ou aproveitar a vida, como tão equivocadamente se diz, ele torna-se sábio pela sabedoria do mundo; mas, quando passa a encarar as coisas do Espírito, torna-se um simplório aos olhos do mundo.
Esquece tudo sobre sua vida passada e deixa para trás suas tristezas, como Parsifal deixou Herzeleid, que morreu quando Parsifal não voltou para ela. Assim, a tristeza morre quando dá nascimento à alma aspirante que foge do mundo. O homem pode estar no mundo para cumprir seu dever, mas não ser do mundo...
“Gurnemanz está imbuído com a ideia de que Parsifal vai ser o libertador de Amfortas e o leva ao Castelo do Graal. E, à pergunta de Parsifal: “O que é o Graal?” Gurnermanz responde:
“Não podemos dizê-lo; mas se por Ele tu foste enviado.
De ti a verdade não ficará escondida.
Julgo que tua face me é conhecida.
Nenhum caminho conduz ao Seu Reino,
E a procura d'Ele mais distante te irá levar,
Se não for Ele próprio a te guiar”...
“Aqui vemos Wagner levando-nos de volta aos tempos anteriores ao Cristianismo. Antes do advento de Cristo, a Iniciação ainda não estava liberada para “quem quisesse” procurá-la, mas era reservada para alguns escolhidos, como os Brâmanes e os Levitas, aos quais foram dados privilégios especiais como recompensa por terem sido dedicados ao serviço do templo”.
Contudo, a vinda de Cristo estabeleceu certas mudanças definidas na constituição da humanidade, de modo que agora todos podem entrar no caminho da Iniciação. De fato, tinha que ser assim, quando os casamentos entre as várias nacionalidades dissolveram as castas...
“No Castelo do Graal, Amfortas está sendo pressionado de todos os lados para oficiar o rito sagrado do Graal, para descobrir o cálice sagrado à cuja visão possa ser renovado o ardor dos cavaleiros impulsionando-os aos atos de serviço espiritual”.
Mas, Amfortas se esquiva, com medo da dor que a visão lhe irá causar. O ferimento sempre volta a sangrar à vista do Graal, como a dor do remorso aflige a todos nós quando pecamos contra o nosso ideal.
Finalmente, ele cede aos rogos conjuntos de seu pai e dos cavaleiros. Celebra o rito sagrado, embora durante todo o tempo sofra a mais torturante agonia. Parsifal, que está a um canto, sente, por compaixão, a mesma dor, sem compreender a razão.
Depois da cerimônia, Gurnemanz pergunta-lhe ansiosamente o que ele viu, mas Parsifal permanece mudo e, por ter ficado desapontado, o velho cavaleiro, irritado, expulsa-o do castelo...
As emoções e os sentimentos não controlados pelo conhecimento são fontes férteis de tentação. A própria inocência e a sinceridade da alma que aspira, tornam-se freqüentemente uma presa fácil do pecado. Para o crescimento da alma é necessário que surjam essas tentações, a fim de revelar nossos pontos fracos.
Se caímos, sofremos como Amfortas sofreu. Mas a dor desenvolve a consciência e traz aversão ao pecado, tornando-nos fortes contra a tentação.
Toda criança é inocente porque não foi tentada. Porém, só quando tivermos sido tentados e permanecermos puros, ou após a queda arrependermos e corrigimos-nos, é que nos tornamos virtuosos. Parsifal, conseqüentemente, devia ser tentado...
“No segundo ato, vemos Klingsor no momento de invocar Kundry, pois percebeu que Parsifal vem em direção ao seu castelo, e Klingsor o teme mais do que a qualquer outro que tenha vindo antes, porque ele é um simplório. Um homem prudente, conhecedor do mundo, não é facilmente levado pelas tentações, mas a ingenuidade de Parsifal o protege”.
E, quando as meninas-flores agrupam-se em torno dele, ele ingênua e inocentemente pergunta: “Vocês são flores? Vocês cheiram tão bem!”
“Contra ele é necessária a astúcia refinada de Kundry e, embora ela implore, proteste e se rebele, é forçada a tentar Parsifal. Para isso apresenta-se como uma mulher de grande beleza, chamando Parsifal pelo nome. Esse nome desperta-lhe lembranças de sua infância, do amor de sua mãe”...
Kundry chama-o para perto de si e começa a trabalhar sutilmente sobre seus sentimentos, fazendo voltar à sua memória visões do amor de sua mãe e da tristeza que ela sentiu com sua partida, o que pôs termo à sua vida.
Depois, fala-lhe sobre um outro amor. o que pode compensá-lo, o amor do homem pela mulher, e, por fim, dá-lhe um longo, ardoroso e apaixonado beijo...
“Segue-se um silêncio profundo e terrível, como se o destino de todo o mundo estivesse pendente desse beijo apaixonado. Enquanto ela o prende em seus braços, o rosto de Parsifal muda gradualmente e torna-se a estampa da dor”.
De repente, Parsifal salta como se esse beijo tivesse causado em seu ser uma nova dor, as linhas de sua face pálida acentuam-se, e ambas as mãos apertam fortemente seu coração palpitante, como para reprimir uma terrível agonia - o cálice do Graal surge diante de sua visão... Depois, Amfortas lhe aparece na mesma terrível agonia, e, por fim, Parsifal grita:
“Amfortas, oh. Amfortas! Agora eu sei - o ferimento da lança no teu lado - ele queima meu coração, ele queima minha própria Alma ... Oh dor! Oh miséria! Angústia indescritível! A ferida está sangrando aqui no meu próprio lado!”
“Depois, novamente, e com terrível esforço: “Não, este não é o ferimento da lança no meu lado, isto é fogo e chama dentro de meu coração, que inclinam meus sentidos ao delírio, a espantosa loucura do tormento do amor”...
Agora eu sei porque as pessoas ficam agitadas, excitadas, convulsionadas e perdidas freqüentemente pelas terríveis paixões do coração.
“Kundry o tenta novamente: “Se este único beijo te trouxe tanta sabedoria, quanto mais sabedoria tu terás se cederes ao meu amor, mesmo que seja só por uma hora?”
Mas não há hesitação agora. Parsifal despertou, distingue o certo do errado e responde: “A eternidade estaria perdida para nós dois se eu sucumbisse a ti, mesmo por apenas uma curta hora”.
“Mas eu te salvarei e também te libertarei da maldição da paixão, pois o amor que arde em ti é apenas sensual, e entre esse e o verdadeiro amor dos corações puros, abre-se um abismo como o que existe entre o céu e o inferno”...
“Finalmente, Kundry reconhece estar derrotada, mas tem um acesso de raiva. Chama Klingsor para ajudá-la, e ele aparece com a lança sagrada, que arremessa contra Parsifal”...
“Mas Parsifal é puro e inofensivo, por isso nada pode feri-lo. A lança flutua inofensivamente acima de sua cabeça. Ele a agarra, faz com ela o sinal da Cruz e o castelo de Klingsor e o jardim mágico desmoronam em ruínas”...
“O terceiro ato começa na Sexta-feira Santa, muitos anos depois. Um guerreiro, exausto da viagem e vestido com uma cota de malha negra, adentra a propriedade de Monte Salvat, onde Gurnemanz vive numa cabana”.
Tira seu elmo, pousa a lança contra uma rocha próxima e ajoelha-se para orar. Gurnemanz entra com Kundry, que acaba de encontrar adormecida no bosque, reconhece Parsifal com a lança sagrada e, radiante, dá-lhe as boas vindas, perguntando de onde ele vem...
“Tinha feito a mesma pergunta na primeira visita de Parsifal e a resposta fora: “Eu não sei”. Mas, desta vez, é muito diferente, pois Parsifal responde: “Venho da busca e do sofrimento”...
A primeira experiência retrata um dos vislumbres que a Alma tem das realidades da vida superior, mas a segunda é a consciente chegada do homem a um nível superior de atividade espiritual, que desenvolveu através de tristezas e sofrimentos.
Parsifal conta como foi penosamente assediado por inimigos, e poderia tentar salvar-se usando a lança, mas sempre se conteve, pois sabia ser um instrumento para curar e não para ferir...
“A lança é o poder espiritual que chega à vida e aos corações puros, mas só deve ser usada para propósitos altruístas; impureza e paixão causam a sua perda, como sucedeu a Amfortas”...
Embora o homem que a possuiu pôde usá-la para alimentar cinco mil pessoas famintas, não transformou uma simples pedra em pão para saciar sua própria fome. Embora a tenha usado para estancar o sangue que correu da orelha decepada de um captor, não a usou para estancar o sangue vital que se esvaiu de seu próprio lado.
Sempre foi dito sobre isto: “Outros Ele salvou; não pôde (ou não quis) salvar-se a Si próprio”...
“Parsifal e Gurnemanz entram no Castelo do Graal onde Amfortas está sendo instado para celebrar o rito sagrado, mas ele se recusa, pois quer salvar-se da dor que sempre o aflige quando vê o Santo Graal. Descobrindo seu peito, implora a seus seguidores que o matem”.
Neste momento, Parsifal aproxima-se de Amfortas, toca seu ferimento com a lança, curando-o.
Contudo, Parsifal destrona Amfortas; assume a guarda do Santo Graal e da Lança Sagrada. Só aqueles dotados do mais perfeito altruísmo, unido ao melhor discernimento, estão aptos a receber o poder espiritual simbolizado pela lança...
“Amfortas tê-la-ia usado para atacar e ferir um inimigo. Parsifal não a usaria nem para defender-se. Portanto, ele está apto a curar, enquanto Amfortas caiu na cova que havia aberto para Klingsor”...
“No último ato, Kundry, que representa a natureza inferior, diz apenas uma palavra: “Serviço”...
Por seu trabalho perfeito ela ajuda Parsifal, o Espírito, a realizar-se. No primeiro ato, ela adormeceu quando Parsifal visitou o Graal.
Nesse estágio, o Espírito não pode elevar-se aos céus, a não ser quando o corpo está adormecido ou morto. Mas, no último ato, Kundry, o corpo, também vai ao Castelo do Graal, que é dedicado ao Eu(1) superior, e quando o Espírito, como Parsifal, alcançou a meta, atinge o estágio de libertação mencionado na Revelação:
“Aquele que vencer, Eu o converterei num pilar na casa de meu Deus, e dali não mais sairá”...
Esse alguém irá trabalhar para a humanidade desde os mundos superiores; não necessitará mais de corpo denso; estará além da Lei do Renascimento (2) e, conseqüentemente, Kundry morre...
TERMINOLOGIA [@®]:
(*) 1. Renascimento: A lei do renascimento é a lei cármica: “O que o homem semear isso também ceifará". [Gálatas, 6.7]. p- A alma humana transita em dois mundos: o material e o astral, onde se processa a “roda das encarnações”. Somente o ser alma-espírito liberto, pode acessar o terceiro mundo, o reino divino de Sophia (3): “Quem não nascer da Água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus”. [João, 3:5].
(*) 2. Eu e ego: A Rosacruz Clássica distingue a persona mortal (persona, do gr. ‘máscara’) de a ‘rosa’, a alma-espírito imortal [o ser crístico dentro de nós]. O tradutor de 'Cristianismo Rosacruz' usa o termo Ego, porém Max Heindel referia-se ao Eu imortal de nosso ser profundo, que Carl Jung denominou de 'Self':
Jung: “Entendo por “ego” um complexo de representações que ajusta o centro de meu campo de consciência… A partir disso, faço distinção entre ego e Self, na medida em que o ego é apenas o sujeito de minha consciência, enquanto o Self é o sujeito de toda a minha psique, também da parte inconsciente”... [Cf. ‘Léxico dos Conceitos Junguianos Fundamentais’. Edições Loyola].
(*) 3. Reino de Sophia: Para saber sobre os três reinos cósmicos, existentes também dentro de nós, como microcosmo. [Click: 'O Mito de Sophia' - 'O Evangelho da Pistis Sophia' (apócrifo)]. [®]
4 COMENTÁRIOS: [Extraídos de nosso antigo site, magisterlux.com/ de 2007].
1. Magister Lux » Blog Archive » Prólogo de O Evangelho dos Doze Santos [Julho 7, 2007 at 6:11 pm •], disse,
[…] adentramos as ruínas antigas de um castelo templário, qual tolo Parsifal, sem saber que fôra ali o lendário Castelo do Graal [cf. Parsifal e o Santo Graal]. E inesperada regressão reconectou-nos com o passado e a “longuíssima via”.
[…] Magister Lux » Blog Archive » ANJOS. Categoria Angelical de Raphael: 'Virtudes'. (Anjos Cabalísticos. Monica Buonfiglio) - [Setembro 3, 2008 at 12:52 pm •], disse,
[…] os trabalhos de cura [físico, psíquico e espiritual]. Traz uma lança sagrada de cura [ver: ‘Parsifal e a Lenda do Graal’] ou espada afiada [símbolo do discernimento]. Raphael [De Rapha, curar + el - anjo divino, […]
3. Célia Leal Soares - [Fevereiro 4, 2009 at 6:34 pm •], disse,
Adorei entrar nesta pagina, porque tudo que está ai tem fundamento, acho muito importante que nós tenhamos interesse de pesquisar mais, sobre o assunto.
4. Magister Lux » Blog Archive » Renascimento da Alma & Reencarnação - 'O Evangelho dos Doze Santos' – [Maio 1, 2009 at 12:42 am •], disse,
[…] E no Sul da França, certo dia surgiu inesperado convite para subir ao platô druídico do Dólmen de Sem, em Montréalp-de-Sos. Dali se avista no outro lado do vale as ruínas de um castelo templário destruído em 1.209, nas 'Cruzadas contra os Albigenses';...
Fomos até lá e adentramos as muralhas para chegar até à cripta iniciática onde estão gravados os símbolos do Santo Graal, sem saber que acessávamos, qual tolo Parsifal, o lendário Castelo do Graal, tão reverenciado pelos trovadores cátaros. [Cf. 'A Lenda do Graal' - O Parsifal de Wagner].
[Fontes: 'Cristianismo Rosacruz'. Max Heindel/ magisterlux.com/.portaldeanjos.blogspot.com/ https://anjosensinosluz.blogspot.com/].
Fomos até lá e adentramos as muralhas para chegar até à cripta iniciática onde estão gravados os símbolos do Santo Graal, sem saber que acessávamos, qual tolo Parsifal, o lendário Castelo do Graal, tão reverenciado pelos trovadores cátaros. [Cf. 'A Lenda do Graal' - O Parsifal de Wagner].
[Fontes: 'Cristianismo Rosacruz'. Max Heindel/ magisterlux.com/.portaldeanjos.blogspot.com/ https://anjosensinosluz.blogspot.com/].
Veja também (See also):
Veja tb.: 'A Arte Musical de Wagner em Parsifal'.
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