“A unicidade básica do universo não é apenas uma característica central da
experiência mística, mas também uma das mais importantes revelações da física
moderna. Ela se torna aparente no nível atômico e manifesta-se mais e mais à medida que mergulhamos mais fundo na
matéria, até o domínio das partículas subatômicas”. (Fritjof Capra.‘O Tao da Física’ ). [Cf. ‘Para Além da Mente’, p. 25. Abril-Livros].
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“No domínio
da neurociência, os estudos de cérebros humanos danificados por defeitos congênitos,
acidentes, doenças ou cirurgias, revelaram que as pessoas atingidas exibem às vezes
desconcertantes capacidades mentais e perceptivas que, para alguns
pesquisadores do cérebro, parecem emanar de um ‘segundo eu’, ou espírito
interior”.
Tais
observadores acreditam ter vislumbrado sinais de uma vontade mais alta que
parece derivar seu poder não do ser físico, mas de alguma fonte imaterial que
está além do alcance dos instrumentos científicos.
Ao
explorar os estados alterados de consciência induzidos de diversas maneiras por
sonhos, transes meditativos e drogas, alegam ter encontrado indícios de uma
realidade mais ampla e invisível subjacente ao mundo físico; uma sintonia com
esse domínio invisível, especulam, pode explicar fenômenos paranormais tais
como a precognição, a psicocinese e um sentido de iluminação e de unicidade com
o universo.
O que é
ainda mais surpreendente é que o apoio para essa mudança nas teorias sobre a
mente veio da mais ‘resistente’ de todas as ciências, a física.
“As
perplexidades efêmeras acerca da natureza da consciência não costumam ser preocupações
comuns dos físicos, mas à medida que foram mergulhando mais fundo nos estranhos
cenários do mundo subatômico, esses cientistas descobriram que dentro do átomo
as regras ordenadas de comportamento que governam os objetos de maior tamanho,
tais como bolas de tênis e planetas, perdem a validade”.
No mundo
subatômico, “a matéria e a energia tornam-se quase indistinguíveis, e a
previsibilidade do universo newtoniano cede lugar à probabilidade, às incertezas
dos jogos de dados e da previsão do tempo”.
“Do ponto
de vista quântico, o universo não é apenas uma coleção de componentes
mecânicos, como um brinquedo de corda, mas é também um todo indivisível e todas
suas partes, inclusive a mente humana, agem sobre todas as demais, e reciprocamente.
Alguns físicos muito respeitados chegaram até a afirmar que, sem a mente perceptiva
dos seres humanos, o universo que conhecemos não existiria absolutamente – a mente,
dizem, pode ser a lente que focaliza o mundo dos acontecimentos aleatórios na
realidade ordenada que percebemos”.
Especulações
como esta são um estranho eco dos antigos ensinamentos dos místicos orientais,
que professavam a interligação da consciência e do cosmo séculos antes do
surgimento da pesquisa científica.
“Usando
ocasionalmente a lógica, mas com maior frequência confiando na intuição, os
fundadores e praticantes de religiões e filosofias orientais como o hinduísmo,
o budismo e o taoismo conceberam retratos holísticos do universo nos quais a
mente e a matéria se fundem e fluem sem descontinuidade de um para o outro”...
Por exemplo,
1500 anos antes que a física quântica fosse desenvolvida, um texto básico do
budismo chamado Avatamsaka Sutra ensinava que a consciência e o mundo material – que para as mentes não
iluminadas parecem estar irremediavelmente separados – estão na verdade unidos
em uma suave continuidade conhecida em sânscrito como o dharmakaya, ou “corpo
da grande ordem”.
“Quando a
consciência dessas visões convergentes de mundo começou a crescer no Ocidente,
o estudo da consciência, de suas origens e funções, surgiu como um dos mais
importantes empreendimentos intelectuais de nosso tempo”...
“Para muitos
observadores ansiosos, a cultura ocidental parece ter tomado um rumo desastroso
de exploração ecológica e ganância desenfreada, e alguns filósofos estão
sugerindo que só uma abordagem totalmente nova ao entendimento da consciência –
aquilo que Kennet Pelletier, autor popular que escreve sobre o assunto,
descreve como “uma nova ciência da consciência” – colocará a sociedade em um
caminho mais correto. Pelletier prevê que a ordem de pensamento que favorece o
material sobre o espiritual cederá lugar a uma nova ordem holística, unindo as
duas correntes aparentemente contraditórias”...
“O debate
sobre as origens da consciência tem sido mantido pelo menos desde os tempos de
Platão. O filósofo grego foi um dos primeiros a argumentar que a mente humana
era uma entidade por si mesma, cuja existência não dependia do corpo (*)".
(*) Fato
comprovado pelo cientista Dr. George Rodonaia, na experiência sua quando estava
fora do corpo, atropelado e morto pela KGB russa, mas descobriu que, mesmo sem
o seu corpo (na geladeira do I.M.L., Instituto Médico Legal), ele podia pensar, e
lembrou-se do dito cartesiano, “Penso, logo existo”. Ele relata o fato “ao vivo”,
após voltar à vida três dias depois, quando os médicos iniciaram o processo de
autópsia no seu corpo físico. (Ver o documentário, “Vida Após a Morte’, vídeo
elaborado pelo Dr. Raymond Moody].
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