sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A CONSCIÊNCIA CÓSMICA de Nosso Ser Interior.

 “A consciência individual existe dentro de o oceano infinito da Consciência Cósmica, como um pote cheio de água em um tanque. A água no vaso parece separada da água do tanque por causa da linha divisória do pote entre os dois – a mente individual, o ego limitado. Mas quando o vaso se quebra as águas se misturam; assim, quando a mente é eliminada e não existe nenhuma separação entre o interior e o exterior, a consciência individual se dissolve na Consciência Cósmica... Então livre de todas as amarras, mais além de toda vibração e dualidade, o Eu [o Ser imortal] realiza sua verdadeira glória – sem nome, sem semblante, imutável, sem princípio ou fim, a bem-aventurança infinita e a paz eterna”. [‘O Segredo da Mente‘, p. 49. Avadhutika Anandamitra Acarya].

Você tem um Anjo Guardião!
O Maravilhoso Ser Interior
“Assim como um fio de linha desfiado não passa pelo buraco de uma agulha, uma mente com um único apego ao mundo exterior não pode realizar o Eu interior”.

Mas quando todos os desejos e distrações são queimados no fogo da aspiração ardente, quando todos os sentimentos egoístas de “eu” e “meu” se dissolvem na intensa concentração no “Amado”, a mente se torna tão sutilmente dirigida ao Infinito que desaparece e, instantaneamente, submerge no brilho ofuscante do Eu mais profundo.
Como a escuridão mais antiga de uma caverna é dissipada num segundo quando se acende um fósforo, assim também a auto-realização chega num abrir e fechar de olhos, e inumeráveis existências de ignorância e ilusão são dissipadas da mente para sempre.
  

A consciência individual existe dentro do oceano infinito da Consciência Cósmica, como um pote cheio de água em um tanque. A água do vaso parece separada da água do tanque apenas por causa da linha divisória do pote entre os dois – a mente individual, o ego limitado. Mas quando o vaso se quebra, as águas se misturam; assim, quando a mente é eliminada e não existe nenhuma separação entre o interior e o exterior, a consciência individual se dissolve na Consciência Cósmica, num fluxo de êxtase.
Então livre de todas as amarras, mais além de toda vibração e dualidade, o Eu realiza sua verdadeira glória – sem nome, sem semblante, imutável, sem princípio ou fim, a bem-aventurança infinita e a paz eterna.
Quando aqueles que alcançaram este estado final retornam à consciência do mundo, sentem que uma onda de alegria, vinda de alguma região desconhecida, inundou suas mentes e cada célula de seus corpos vibra nessa corrente Divina.
  

Tendo bebido da fonte de bem-aventurança, seus sentidos se embriagam e vêem a Consciência Suprema em toda parte. Em cada bocado saboreiam a Sua doçura, em cada som ouvem a Sua melodia, em cada toque sentem a Sua carícia, em cada alento inalam a Sua fragrância. Então eles sabem que no íntimo de cada coisa encontra-se o Supremo brincando de esconde-esconde com Ele próprio...
Como a santa errante (que carinhosamente abraçava os cães de rua e alimentava-os com a comida que os discípulos lhe davam; comia então alegremente e distribuía entre os cães o que deixavam cair de suas bocas) -, aqueles que mergulham profundamente no Oceano de Consciência [Cósmica] compreendem que são Um com todos. E, qualquer papel que escolham desempenhar no drama da vida – enquanto trabalham e brincam, movem-se e falam neste mundo – sempre sabem internamente que são o Ser Imortal.
 
Uma vez pediram a um ser divinamente realizado, conhecido como a “Mãe Bem-Aventurada” [‘Anandamayii Ma’, que nunca se referia a si própria como “eu”], para dizer alguma coisa sobre a sua vida. Sua face estava radiante de alegria interior e com sua voz doce ela respondeu calmamente: “Esta consciência nunca se associou a este corpo temporário. Antes que este corpo surgisse na Terra ela era a mesma. Em criança ela era a mesma. Transformou-se em uma mulher, mas ainda era a mesma. Quando a família na qual nasceu fez os preparativos para que este corpo se casasse, ela era a mesma. E para sempre, embora a dança da criação mude à sua volta, ela será sempre a mesma”. Dizendo isto seu corpo ficou imóvel e ela entrou em êxtase.

O Som do Silêncio
Esta é então a meta de nossa trajetória: transcender um a um os mais densos níveis da existência, até que alcancemos o Estado Supremo, onde a mente cessa e o Eu [imortal] brilha em seu resplendor infinito.

Esse grau sublime de realização está além da razão, além do pensamento e além da mente. Como, então, pode ser descrito? Aqui o GURU é mudo e o discípulo é surdo.
Quando um discípulo perguntou a Buda: “A Consciência Suprema existe?” Buda ficou em silêncio. E o discípulo voltou a perguntar: ‘Então, a Consciência Suprema não existe?” Mais uma vez ele permaneceu em silêncio.
Um homem piedoso mandou seus dois filhos a um mestre para que adquirissem conhecimento espiritual. Depois de alguns anos eles regressaram e o pai os questionou sobre o que haviam aprendido. E perguntou ao mais velho: “Meu filho, você estudou as Escrituras. Diga-me, qual é a natureza do Supremo?” O filho respondeu com versos das Escrituras, mas o pai não se contentou. E fez a mesma pergunta ao mais novo. O filho permaneceu em silêncio e com os olhos baixos; nenhuma palavra saiu de seus lábios. O pai disse: “Ele compreendeu. Isto não pode ser expresso em palavras”.
Os sábios dizem que aqueles que alcançam o estado infinito de consciência são como aquelas pessoas que viram um muro alto e ficaram curiosos para saber o que havia do outro lado. Um deles, com muito esforço, subiu até o topo, olhou para o outro lado e gritou com admiração e alegria, “Oh! Oh! Oh! Pulou repentinamente para o outro lado do muro e desapareceu. Os outros se entreolharam intrigados e gritaram: “O que tem aí?” Mas não houve resposta. Um deles fez, então, a difícil escalada e da mesma forma maravilhou-se; gritou de alegria e desapareceu do outro lado. Assim, um a um, todos escalaram o muro e despareceram em êxtase.

Ninguém pode explicar [ou descrever] a felicidade de transcender e realizar o Eu [imortal]. Tem de ser experimentado pela própria pessoa.

“Certa vez, uma boneca de sal resolveu medir as profundezas do oceano. Ela queria contar para as outras quão profundas eram suas águas. Mas não conseguiu, pois assim que mergulhou na água do mar a boneca dissolveu-se. E agora, quem falaria sobre as profundezas do oceano?!” [Cf. ‘O Segredo da Mente‘, p. 51/52. (Avadhutika Anandamitra Acarya). Ananda Marga].
 Luz, Amor e Paz! (Campos de Raphael).

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