Será que existe uma Escola Universal de Sabedoria? - “Existe uma escola de Sabedoria que possui uma cátedra celeste no mais profundo ser do Espírito, de onde emana todo o conhecimento... Esta escola possui um aspecto exterior, um interior, e outro no interior mais profundo. Esses aspectos, o exterior, o interior e o o aspecto no mais profundo do ser, estão interligados, e somente quem conhece o exterior, o interior e o interior mais profundo é capaz de dar resposta à essa pergunta"... (Karl von Eckartshausen).
(*) "Somos seres espirituais vivendo experiências na veste humana"...Ninguém nasce num certo dia e hora ao acaso como mostra o mapa astrológico e o oráculo angélico... A consciência da Alma-Espírito, porém, ao adentrar uma veste feminina ou masculina, esquece sua origem divina, a missão e/ou lições de vida para vivenciar no mundo espaço-tempo... Mas, as características do 'Anjo da Guarda do dia de seu aniversário', podem revelar as potencialidades e qualidades que você escolheu experienciar no 'campo quântico de possibilidades' e expandir a consciência do 'Self'imortal, figurado às vezes como "criança divina"... NOTE BEM: Embora a infância seja pré-determinada por fator kármico ou escolhas antes de nascer, é-nos dado a opção de mudar aqui o roteiro, na adolescência e vida adulta, rumo ao 'Bem Superior', ou para baixo, o 'Mal'. Tudo é aprendizado, sob a Lei: "O que homem semear, isso também colherá"... (Campos de Raphael).
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‘Merlin’s Magic’. Angelic Heavenly. (1h:02).
A Escola Universal de Sabedoria –
(Karl von Eckartshausen).
(Karl von Eckartshausen).
“Somente nas Escolas de Sabedoria se aprende a conhecer
a Deus, a natureza e o homem, e se trabalha desde milhares de anos no silêncio
para adquirir o mais alto grau de conhecimento, a união do homem com a natureza
pura e com Deus”... (Karl von Eckartshausen). [‘A Nuvem sobre o Santuário’, p. 80. Gráfica Editora Aurora].
"Será que existe uma escola universal para a educação dos homens - uma escola universal de Sabedoria? E qual seria o seu segredo?"
Faz-se essas perguntas há séculos, e imagina-se toda sorte de coisas. Esta escola de Sabedoria, se é que existiu, era obra dos homens? Era ela uma combinação de vivacidade intelectual e sagacidade ou o resultado da experiência? Ou apenas o empenho bem intencionado de espírito nobres? Contudo, quem pode verdadeiramente responder a estas perguntas?
Existe uma escola universal de Sabedoria que possui uma cátedra celeste no mais profundo do Espírito, de onde emana todo o conhecimento. Esta escola de Sabedoria possui: um aspecto exterior, um aspecto interior, e outro no interior mais profundo.
Esses aspectos, o exterior, o interior e o mais profundo do ser, estão interligados, e somente quem conhece o exterior, o interior e o interior mais profundo é capaz de dar uma resposta às perguntas formuladas acima, pois somente ele tem o conhecimento do todo. Todavia, para os que tinham o conhecimento de todo, ainda não era hora de falar sobre isso.
O que está depositado no mais profundo desta escola como força, aparece como efeito no interior, e toma forma ou hieroglifo, no exterior. Assim, portanto, esta escola de Sabedoria possui: um átrio, um templo e um santuário...
Em cada época, somente os que se encontram no santuário mais profundo podem percorrer com o olhar o templo até o átrio; mas o santuário mais profundo permanece vedado aos que se encontram no átrio e no templo.
Poucos, em cada época, passam do interior ao santuário, no interior mais profundo; a maior parte das pessoas permanece no átrio, e todas as modificações e perturbações que ocorrem nesta escola dizem respeito apenas ao átrio; o templo e o santuário, porém permanecem sempre imutáveis.
Somente a forma está sujeita às leis do tempo e às suas variações; o Espírito, no interior mais profundo, permanece imutável e eterno. É possível aos homens cometer sacrilégios, degradar e profanar o átrio, mas de maneira alguma o templo interior e o santuário interior mais profundo.
Quando a desordem reina no átrio, o Espírito retira-se no templo interior, e assim a forma, desprovida do Espírito, cai em ruína.
Caso algum temerário se arriscasse a profanar o templo, a verdade retirar-se-ia no interior mais profundo, e o templo desapareceria da vista do sacrílego, assim como dos homens de carne...
No exterior, no átrio, na forma, o hieróglifo, está a letra; no interior, a compreensão da letra; no interior mais profundo, o Espírito que ilumina a compreensão e vivifica a letra.
Os três santuários interpenetram-se: o exterior penetra o interior; o interior penetra o interior mais profundo - o Átrio, o Santo e o Santo dos Santos.
"Três mundos, dos quais cada um tem sua visão (*) particular, seus objetos particulares, um espírito particular e um Sol particular que o ilumina: a luz do Sol no átrio, a luz da razão pura no templo, a luz do Espírito de Deus no santuário"...
(*) "Visão": 'Anschauungsform' no original alemão; significa 'forma de intuição', no kantismo. N. T.).
[Extraído da obra, 'Algumas Palavras do Mais Profundo Ser', p. 15/18. Karl von Eckartshausen. Editora Rosacruz-Áurea] (**).
Segundo a Wikipédia, Eckartshausen estudou a
literatura esotérica mais antiga desde cabala até alquimia, inspirado pelas ideias
gnósticas de Jacob Boehme e Paracelso. Suas numerosas cartas e livros aperfeiçoando o ideário hermético atraíram muitos artistas, eruditos e
pesquisadores esotéricos, entre eles, Goethe e Schiller. Suas obras apresenta o conceito hermético de um mundo por trás do mundo perceptível. [Ver imagem, "A iluminação do Peregrino']. Também sua concepção de Deus abrange dois elementos, um visível e um invisível, o divino no homem na sua forma mais pura. A reunificação do homem com Deus foi um dos temas que, para ele, tinham primazia”...
Na verdade, dizemos nós, podemos atestar que a obra de Eckartshausen, tocou-nos profundamente a alma. Ele nasceu em 28 de junho na Alemanha, e quem nasce nessa data traz certa qualidade segundo o ‘oráculo angélico’: “Sua força espiritual está ligada intimamente aos anjos e ajuda, até mesmo de modo inconsciente, a melhorar o sofrimento humano”... Ele foi um autêntico servidor da Luz, e seu estilo de escrita aparece nas ‘Cartas Rosacruzes’.
Noutro livro seu, o que ele dizia, aplica-se ainda aos dias de hoje: “O nosso século é de preferência a qualquer outro o mais notável para o observador imparcial e sereno. Por toda parte existe fermentação tanto na alma como no coração do homem; encontra-se a cada passo o combate da luz e das trevas, de ideias mortas e ideias vivas, da vontade morta e inerte com a força viva e ativa; vê-se por todo lado enfim, a guerra entre o homem animal e o homem espiritual que desperta”. (Karl von Eckartshausen). [Primeira Carta. ‘A Nuvem Sobre o Santuário’, p. 15. Gráfica Editora Aurora. 1953?].
Quando aos 25 anos de idade, nossa companheira de jornada passou pela experiência de quase-morte e nós pela primeira vivência consciente com o ser profundo imortal, ambos saímos em busca da Verdade e de nosso caminho espiritual. Fomos então guiados pelos Anjos da Sincronicidade, embora sem o saber, ao átrio da Escola Espiritual da Rosacruz Moderna em 1956. Lá, reencontramos a linha de Ensinamento universal e em 1963 e 1967 conhecemos de perto seu líder, Jan van Rijckenborgh. Ele dizia: “A nosso ver, não se pode mais falar de religião no sentido superior, libertador. É por isso que nova orientação religiosa, com novas diretrizes espirituais, deve preparar o caminho para a elevação verdadeiramente espiritual do mundo e da humanidade. Quão nova e universal deverá tornar-se essa orientação somente poderá ser compreendida pelo homem que realmente busca, após profundo estudo do Ensinamento Universal, como é revelado na Escola Espiritual”. [‘Introdução à Filosofia da Rosacruz Áurea’, p. 13].
“O aluno, portanto, não deve deixar-se prender a fatos históricos; não lhe é necessário examinar minuciosamente todos os textos, nem se preocupar com todas as querelas teológicas e filosóficas. Que outros estudem, pois, as dissenções espirituais que reinam neste mundo e se embalem com a questão de saber quem possui ou não a verdade. Aquele que estuda os Mistérios, não necessita digerir dissertações dogmáticas ou graduar-se numa universidade, para ter o direito de falar... Existe aqui e agora, um Ser Crístico vivente que se manifesta direta e hierarquicamente à humanidade. Esse Corpus Christi compõem-se de milhares de membros... Ele irradia centelhas de Luz e gloria em todos os domínios da matéria e do Espírito”. [‘Introdução à Filosofia da Rosacruz Áurea’, p. 16/17. 1988].
Desde tempos imemoriais há um Trabalho de Amor incondicional da Fraternidade da Luz, junto à humanidade, que recebe rótulos diversos a cada era. No Oriente, ficou conhecida como ‘Fraternidade de Shamballa’; e no Ocidente, a partir da era cristã, como ‘Escola dos Mistérios dos Hierofantes de Cristo’, 'Fraternidade do Santo Graal'' e 'Rosacruz Clássica'. No século passado, surgiu primeiro a Fraternidade de Max Heindel, e logo após Jan van Rijckenborgh deu continuidade ao trabalho através de a Rosacruz Moderna, hoje Escola Internacional da Rosacruz Áurea - não confundir com AMORC, surgida nos EUA em 1915, anos depois que Max Heindel publicou em 1909 o seu ‘Conceito Rosacruz do Cosmos’...
Vivemos no mundo da Dualidade, e onde surge a Luz logo aparece também as sombras, nas quais operam as forças de o “deus deste mundo’. A alegoria budista chama-o de Mara, e à cristã, de Satanás (Satan, ‘o opositor’). São forças que favorecem o poder temporal e tudo o que mantém o homem preso aos valores deste mundo. Chamada de ‘hierarquia das trevas’, sua arbitrariedade desrespeita o livre arbítrio e usam o nome de Jesus Cristo para iludir as pessoas; perseguem, julgam e matam em nome de seu Deus.
Paulo, que sentiu na carne a influência de tais forças, a elas se refere dizendo: "porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes"... (Efésios, 6.12). Antes dele, Platão, que não era filósofo, e sim um iniciado nos Mistérios, a elas se refere em sua 'República', na parte mais conhecida como 'A Caverna de Platão'.
Jan van Rijckenborgh falava de sete escolas espirituais na Grande Obra; cada qual ligada a um dos sete raios desse Trabalho, do qual participa inúmeros obreiros em mais de um nível da matéria e do Espírito. Reconhecia Krishnamurti e Carl Jung. por exemplo, como irmãos da Fraternidade da Luz. Coincidentemente, quando um fluxo de acontecimentos sincronísticos nos afastou da organização 'Lectorium Rosicrucianum', foi um texto de Jung em 'O Segredo da Flor de Ouro' que abriu-nos uma porta para dar continuidade ao nosso caminho espiritual e ampliar a compreensão, através do estudo da psicologia junguiana, sobre as coincidências significativas que acontecem em nossas vidas.
Se você leu até aqui, pode perguntar: E como discernir entre o Trabalho da Luz e o das trevas? A chave è: “pelos frutos os conhecereis”. Veja a história das religiões e conclua por si mesmo a qual deus elas servem. A Fraternidade da Luz, porém revela-se no Amor incondicional à humanidade, e assim como os seus Anjos, não julga nem condena a ninguém: “só vê razões para amar”...
Agora talvez o leitor perceba que os alicerces dessas experiências e vivências profundas, mais do que estudos, é que fundamenta-se este singelo trabalho angélico de informação, sob a égide do Amor da Fraternidade da Luz. Ele visa despertar as pessoas para buscar suas respostas, ampliar o conhecimento, descobrir quem de fato somos e o propósito maior de nossa existência neste campo de vida: "Ninguém nasce para sofrer, nasce para aprender e a reconectar-se com a Consciência Divina em nós!" (Campos de Raphael).