sábado, 30 de agosto de 2014

ALIMENTAÇÃO PARA O CORPO E A ALMA – (Jan van Rijckenborgh).



“O mais importante na construção do homem não é instruí-lo -, terá algum interesse fazer dele um livro que caminha? – Mas ‘educá-lo’ ['educar', de 'educere', ‘guiar através’], e levá-lo até àqueles patamares onde o que liga as coisas já não são as coisas,  e sim os rostos nascidos do laço divino... A única música que o coração percebe é essa". (Antoine de Saint-Exupéry).

 Happy Birthday(*) "Somos seres espirituais vivendo a experiência humana"... E ninguém nasce num certo dia e hora por acaso, como mostra o mapa astrológico. Esquecemos, porém, a origem de nosso ser interior ao adentrar a veste física, a missão e lições escolhidas para vivenciar numa veste feminina ou masculina. Do mesmo modo, o 'Oráculo do Anjo da Guarda' de seu aniversário pode revelar certas potencialidades que você escolheu experienciar no 'campo quântico de possibilidades', para expandir a consciência do Self imortal, às vezes figurado como 'criança divina'...  NOTE BEM: Embora a infância seja pré-determinada por fatores de vidas passadas, temos sempre a opção de mudar o roteiro, na adolescência ou vida adulta: rumo ao 'Bem superior', ou para baixo, o 'mal'. Tudo faz parte do aprendizado. 'Karma' (escolha e ação) é lei universal: "O que o homem semear, isso também colherá". Gl 6.7. (Campos de Raphael).

Música suave atrai a presença dos anjos... Escolha abaixo àquela que aquiete a mente e fale ao seu coração. Pare e escute... Reabra o portal e ouça música durante a leitura:

'Vivendo e Aprendendo':
2'Em Harmonia com a Natureza'. (Rafael Zamora Padrón).
3. Amor de mãe. Beija-flor cuida de filhote caído do ninho. (Publicado no Youtube por ‘birdvett’, em 14/09/2009. [Ano que iniciei este trabalho solidário de informação sobre Anjos]... O vídeo, informa:“Filhote de beija-flor que caiu do ninho e devido à confiança de sua mãe é alimentado na mão de quem o ajudou... Esse vídeo foi gravado em Campo Grande, MS, na varanda da casa dos meus pais. - Esse é o original!!! ('birdvett').


Atitude de Vida & Vegetarismo – (J. van Rijckenborgh).
“Portanto, digo a todos os que desejam ser meus discípulos: mantende vossas mãos afastadas do derramamento de sangue, e não permitais que qualquer alimento de carne entre pela vossa boca, pois Deus é justo e magnânimo tendo ordenado que o homem viva somente de frutas e sementes da terra”. [‘O Evangelho dos Doze Santos’, cap. 38. 6. Edit. Rosacruz-Áurea. 1985].

“O vegetarismo, com as consequências dele  decorrentes, é uma exigência fundamental para o candidato ao discipulado na Senda...

A simples explicação de nossas razões sobre a necessidade do vegetarismo é, às vezes, suficiente para numerosas pessoas se afastarem do Caminho... Sabe-se que a alimentação e os estimulantes sustentam e mantêm o corpo numa certa condição. A base de toda alimentação compõe-se de forças, forças-luz de vibrações diferentes, conhecidas sob o nome de vitaminas. Um alimento sem vitaminas não tem valor algum.

Essas combinações de forças-luz são onipresentes em todos os domínios do espírito. Deveria, portanto, ser possível manter nossa vida harmoniosamente saudável pela assimilação dessas forças. Sabemos, entretanto, não ser esse o caso.

Somos obrigados a empregar como alimento as combinações de forças-luz, as vitaminas de mistura com matérias e forças orgânicas, porque nosso corpo não está apto a nutrir-se exclusivamente de combinações de vitaminas.

São necessárias, também, forças etéricas fornecidas pelo corpo vital, bem como forças áuricas, colhidas pelo corpo de desejo, e forças mentais, atraídas pela mente. Existem, ainda, elementos materiais grosseiros indispensáveis à construção e manutenção do nosso corpo material; eles entram em nossa alimentação sob a forma de albuminas, gorduras, sais minerais, etc.
"O importante é saber, em primeiro lugar, se desejais empreender verdadeiramente o processo de regeneração. Se não for esse o caso, podeis no que nos concerne perseverar tranquilamente em vosso atual estado; assim sendo, não teria nenhum sentido insistirmos numa reforma no vosso regime alimentar. Continuai a degustar vossos bifes, peixes, franguinhos e a roer ossos; na verdade, não vos tornareis mais doentes do que já sois presentemente".

A maior parte do que se diz a respeito nos círculos do vegetarianismo extremado é ilusão. A morte continua inevitável com ou sem vegetarianismo. Nossos avós e ancestrais se tonaram, às vezes, centenários, apesar do uso de toucinho e carne de porco. O álcool e o fumo não vos serão por demais nocivos se não os consumirdes exageradamente. A alimentação moderna mantém a cristalização em equilíbrio, ou pelo menos a deixa desenvolver-se lentamente.

Todavia, quando conscientemente, do nosso íntimo, almejamos a salvação do mundo e da humanidade, o problema de nutrição se nos torna de importância vital e de extrema atualidade; é evidente que procuremos então uma alimentação que em nada se contraponha ao processo de renascimento. Isso é o que, de motu-proprio, desejamos ardentemente e com toda a naturalidade...

“Eis por que na Bíblia, o vegetarianismo não é mencionado ou o é poucas vezes e veladamente. Devemos enobrecer-nos para ele(*)”. (*) Esse texto foi escrito por J. van Rijckenborgh antes da divulgação dos manuscritos achados no Mar Morto e Nag Hammadi (Egito), enterrados em cavernas para não serem destruídos pelos padres da Igreja, nos primeiros séculos do catolicismo. Aqueles manuscritos revelavam que Jesus já nasceu vegetariano ‘desde o ventre de sua mãe’. E mais tarde Jesus recomendou: “Deus é justo e magnânimo, tendo ordenado que o homem viva somente de frutas e sementes da terra”. Essas passagens e outras foram extirpadas do Novo Testamento, a partir dos Concílios da Igreja em 325 e 553 d.C., não só por questões político-doutrinárias, e sim porque, entre outras coisas, optou-se por continuarem se alimentando da carne de animais e aves - como acontece até os dias de hoje nas religiões católica e evangélicas... (Campos de Raphael).
“O vegetarianismo, por si só, não é libertador, mas consiste simplesmente em mudança de tônica. Se, no entanto, buscamos a vida espiritual verdadeira, a depuração do sangue segundo-a-natureza é condição primordial. A purificação espiritual do sangue e sua depuração natural devem ser simultâneas”.

Em todas as religiões sempre se fez esforços nesse sentido. Foram feitas concessões, porém, no interesse da massa, limitando-se a períodos ou dias de jejum. O Cristianismo também aplicou esse método. Foi por isso que até meados do século XVIII foi mantida na igreja protestante certa prática de jejum.

Todavia, os verdadeiramente religiosos, que conheciam o porquê das prescrições no domínio da nutrição, compreenderam que não podia haver concessão nessas coisas. Cristo rompeu igualmente com as práticas de jejum do seu tempo. Ele era vegetariano.

A consumação de peixe e absorção de vinho, mencionadas na Bíblia, no que se refere a Cristo, porém, devem ser compreendidas de maneira totalmente diferente. Os relatos que a isso se reportam, só gnosticamente podem ser compreendidos com exatidão...

Quem busca a purificação espiritual do sangue, mas negligencia a purificação química elementar, assemelha-se profundamente ao místico que, não obstante, se prende à vil matéria, sofrendo todas as consequências daí resultantes. Existem em nossa época milhões de pessoas desse gênero.

O corpo e o sangue animal recebem, além das forças etéricas, forças áuricas ou de desejos e, igualmente, forças que ultrapassam tudo isso. Estas últimas, encaradas de um ponto de vista mais elevado, são fatais para o corpo humano. Ligam-no à terra.. Eis por que é perfeitamente compreensível que o vegetarismo seja requerido aos alunos da Escola Espiritual.

“O vegetarianismo extremado, porém, é perigoso para o aluno porque pode provocar estados extremamente sensitivos. Para abrandar o inconveniente, as antigas escolas esotéricas permitiam, às vezes, e em caráter excepcional, um ou outro ingrediente menos refinado. Para nós, um prato de feijão, de vez em quando, pode produzir o mesmo efeito”... [Extraído de ‘Introdução à Filosofia da Rosacruz Áurea’, p. 188/191. J. van Rijckenborgh (*). 1988].
(*) Sr. Rijckenborgh, em 1967 realizou a V Conferência de Aquarius no Brasil, em Águas de São Pedro/S.P. Minha companheira de jornada e eu, adentramos a Escola Espiritual em 1957, já vegetarianos e participamos em 1963 da I Conferencia Internacional de Aquarius no Centro de Conferências  de Renova, na Holanda. Em 1966, ela foi participar da IV Conferência na Suíça, com uma lista de perguntas sobre a Filosofia da Rosacruz Áurea. Ele lhe pediu para sentar-se ao seu lado, enquanto terminava uma alocução; e as perguntas foram respondidas sem trocarem uma só palavra. O fato nos revelou a sua estatura espiritual. Ele partiu em 1968 e participamos do trabalho até 1983, quando eventos sincronísticos nos afastou da organização. E a Escola Espiritual abriu-nos outra porta de trabalho na Grande Obra, realizada por inúmeros obreiros do mundo inteiro, entre eles, Carl Jung. (Campos de Raphael).
Click e veja tb.: 'Dicas de Alimentação Saudável & Proteínas nos Vegetais'

Conheça também:
   Luz, Amor e Paz! (Campos de Raphael).

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Oráculos I Ching, Tarô & A Jornada da Vida – (Dr. David Richo).

"A psique humana traz em si todas as estrelas e planetas como metáforas do nosso potencial pleno. Eles são não apenas corpos celestiais, como macrocosmo do nosso microcosmo individual. Somos compostos de sua própria órbita e vibração, pela qual somos altamente influenciados. Somos influenciados porque feitos à sua imagem. Os céus nos refletem e somos de fato filhos das estrelas". (David Richo). ['Milagres Inesperados', p. 63. Pensamento].

 Happy Birthday(*) "Somos seres espirituais vivendo a experiência humana"... E ninguém nasce num certo dia e hora por acaso, como mostra o mapa astrológico. Esquecemos, porém, a origem de nosso ser interior ao adentrar a veste física, a missão e lições escolhidas para vivenciar numa veste feminina ou masculina. Do mesmo modo, o 'Oráculo do Anjo da Guarda' de seu aniversário pode revelar certas potencialidades que você escolheu experienciar no 'campo quântico de possibilidades', para expandir a consciência do Self imortal, às vezes figurado como 'criança divina'...  NOTE BEM: Embora a infância seja pré-determinada por fatores de vidas passadas, temos sempre a opção de mudar o roteiro, na adolescência ou vida adulta: rumo ao 'Bem superior', ou para baixo, o 'mal'. Tudo faz parte do aprendizado. 'Karma' (escolha e ação) é lei universal: "O que o homem semear, isso também colherá". Gl 6.7. (Campos de Raphael).

Música suave atrai a presença dos anjos... Escolha abaixo àquela que aquiete a mente e fale ao seu coração. Pare e escute... Reabra o portal e ouça música durante a leitura:

'Vivendo e Aprendendo':
2'Em Harmonia com a Natureza'. (Rafael Zamora Padrón).
3. Amor de mãe. Beija-flor cuida de filhote caído do ninho. (Publicado no Youtube por ‘birdvett’, em 14/09/2009. [Ano que iniciei este trabalho solidário de informação sobre Anjos]... O vídeo, informa:“Filhote de beija-flor que caiu do ninho e devido à confiança de sua mãe é alimentado na mão de quem o ajudou... Esse vídeo foi gravado em Campo Grande, MS, na varanda da casa dos meus pais. - Esse é o original!!! ('birdvett').


Oráculos I Ching, Tarô & A Jornada da Vida – (David Richo).


"Cada pessoa,/ Todos os fatos de sua vida,/ Ali estão porque você os pôs ali./ O que fazer com eles/ Cabe a você resolver". (Richard Bach). ['A Sincronicidade e o Tao'.  Jean Shinoda Bolem. M.D.].

“Todas as pessoas e eventos do drama da vida fazem parte da metáfora da nossa jornada. O ponto principal a respeito de um antigo relacionamento pode não ser “como ele era ruim!”, mas “quanto eu precisava aprender!" A maioria das pessoas vive encontrando parceiros que nos mostram exatamente o ponto que devemos atacar, por exemplo, homens abusivo, mulheres infiéis. As mágoas são portas para a nossa vida faltante"...

Muitas vezes, a única maneira de uma parte de nós mesmos ou de nossa história voltar a nós exige mediação de outrem. Como o desconhecido assusta, surgem pessoas e eventos que nos ajudam a encará-lo. Isso é sincronicidade.

O único erro que cometemos é nos apegar a algumas pessoas por tempo demais ou de menos. Como e com quem fiz isso? Tomamos as pessoas como literalmente elas mesmas, em vez de elas mesmas e forças metafóricas, vindas para  promover ou restringir. O que me fez sair das restrições para o ar livre? Quem finalmente apontou o caminho que me fez superar minhas limitações?

Há uma sincronicidade especial quando de súbito dizemos sim a uma oferta ou experiência que normalmente não iríamos aceitar. Vencemos uma inibição ou medo e de súbito nos vemos num mundo novo e inexplorado. E eis que esse novo reino reflete com precisão nossos mais profundos anseios e necessidades.

Uma mudança casual pode iniciar toda uma nova fase em nossa vida. Dizer sim a algo que em qualquer momento anterior teria recebido um não é a sincronicidade dentro de nós, fazendo-nos ir além dos limites da nossa destinação. Quem quer que tenha feito o convite original foi uma força coadjuvante...
Ao longo do caminho, deparamos com um exército de forças perturbadoras e formamos uma família de forças de apoio. “Encontramos aqueles a cujo meio pertencemos no mundo do Self”, diz Von Franz. Encontramos pessoas que nos mostram as partes de nós mesmos que no recusamos a reconhecer e a integrar em nossa própria vida. Essas características desacreditadas de nós mesmos são tanto positivas como negativas (aspectos-sombra de nós). Há sincronicidade na maneira como encontramos sem erro precisamente as pessoas que nos mostram nós a nós mesmos. Quem vem à mente?

Ocorrem eventos que nos prestam esse mesmo serviço. Se está acontecendo comigo, isto pode ser um dos ingredientes do meu destino! A única coisa que se pode opôr no caminho é o meu próprio ego, e não os eventos que ocorrem nem as pessoas que os trazem consigo. Um golpe do destino me trouxe aqui! “Um dia será proveitoso recordar disso”, escreveu Virgílio referindo-se a um acontecimento triste. E a minha história, os eventos que acontecem comigo?

Os terapeutas podem entender de modo especial os dois parágrafos acima. Os pacientes parecem surgir apresentando justamente os problemas com que mais precisamos trabalhar. Fazem-se aos mestres justamente as perguntas que eles podem precisar fazer a si mesmos. Escritores podem estar escrevendo precisamente sobre aquilo que mais merece sua atenção. Sendo essas três coisas, sei que tudo isso se aplica a mim!
Por fim, há sincronicidade em artefatos divinatórios como o I Ching ou o Tarô: escolhemos inelutavelmente o hexagrama ou a carta que coincide com a nossa circunstância. Essa coincidência significativa baseia-se na crença de que a psique  vai nos dirigir para a informação exata de que precisaremos quando dela precisarmos.

O I Ching é o antigo ‘Livro das Mutações’ chinês. É um texto-recurso para o qual nos voltamos com perguntas sobre a nossa jornada; e opera inteiramente em termos de sincronicidade. O consulente lança moedas que levam à seção do livro que fala precisa e acuradamente de sua situação. A filosofia do I Ching afirma que todos os assuntos humanos são regidos por uma única lei: a mutação. Essa inclinação para a mudança tem um geometria: ela se mostra nos 64 processos na forma de hexagramas gráficos.

Quando as nossas escolhas pessoais se alinham com esses processos, surge a harmonia entre nós e o universo dotado de alma, e estamos assim vivendo o nosso destino. Nessa abordagem chinesa da realidade, o lugar da mutabilidade é o centro do universo. Trata-se de um centro perfeitamente imóvel; não obstante, dele advêm as muitas e constantes mudanças que vemos. É um centro como o da mandala: uma unicidade que permite, gera e transcende a dualidade...
O I Ching é um dos mais patentes exemplos antigos de sincronicidade. Fundamenta-se por inteiro na crença de que a coincidência é instrutiva e de que a psique nos leva ao encontro da informação exata de que necessitamos quando dela necessitarmos. O livro/processo é um recurso da alma, visto que que seu trema é o ponto de encontro entre consciente e inconsciente. Depois de conhecer Richard Wilhelm, tradutor do I Ching, Jung dedicou-se com mais vigor à ideia da sincronicidade.

O Tarô é o conjunto de 22 duas cartas principais (correspondentes às [22] letras do alfabeto hebraico) mais um coringa/louco. As cartas descrevem figuras, virtudes e metáforas arquetípicas e alquímicas cujo fim eram a contemplação e o estudo. No século XVII, tornaram-se formas de assinalar o destino humano...
As figuras do Tarô aparecem no conjunto na seguinte ordem: mago, papisa, imperatriz, imperador, sumo sacerdote, enamorado, carro, justiça, eremita, roda da fortuna, força, o enforcado, morte [em sentido metafórico], temperança, diabo, a casa de Deus, a estrela, a lua, o sol, o julgamento, o mundo e, final ou primeiramente, o louco. As cartas apresentam uma imagem da senda do destino por meio da iniciação.

O naipe de ouros representa as forças materiais do mundo, o cetro o poder da autoridade; o cálice, o sacrifício; a espada, a dispensação da justiça. Cada naipe traz em si um rei, uma rainha, um cavaleiro e um valete, que representam as categorias do poder terreno. Os cetros simbolizam o governo; espadas, os militares, o cálice indica o sacerdócio; e o ouro representa as buscas intelectuais e estéticas.

As cartas de um a onze nos conduzem ao solar: ativo, consciente, masculino. As cartas de doze a vinte e dois mostram o lunar: passivo, inconsciente, feminino. Cada imagem combina os mundos interior e exterior no contexto da experiência humana...
A intenção do conjunto de cartas é apresentar a plena gama de possibilidades arquetípicas que residem em cada ser humano, bem como nos mostrar o trecho imediato da estrada que leva à ativação desses potenciais. O Tarô é um álbum de fotografias de nós mesmos. Cada um de nós é um tarô [*].
[*] O Tarô pode desvelar o destino que trazemos, ou melhor, o roteiro escolhido de experiências para esta vida. Aos 23 anos de idade, o Tarô me revelou eventos que ocorreriam, recém-casado, que incluía a morte de minha esposa; foi-me dado mudar o roteiro e agraciado pela sobrevivência dela e reencontrar o caminho espiritual. E assim como um tarô pessoal, as características do anjo da guarda do dia do nascimento, pode revelar também influências que iremos deparar e aprender a lidar, no processo de expandir ou não a consciência. A opção é nossa... (Campos de Raphael). 
A astrologia é outra rica fonte de sincronicidade em seu estudo da coincidência direta e significativas entre a posição dos astros e a matriz da nossa vida. O Zodíaco (‘círculo de animais’) contém doze símbolos que indicam a situação terrestre quando o sol se acha numa parte específica do céu:

Áries: o carneiro, primavera; Touro: crescimento das plantas e acasalamento; Gêmeos: proliferação da vida num todo ecológico; Câncer: caranguejo, a seiva da vida jorra copiosamente; Leão: a força ígnea do sol. Virgem: a colheita e a semente para o ano seguinte; Libra: equinócio de outono, que se transforma em Escorpião: o signo da morte [em sentido metafórico]. Sagitário, o arqueiro da reflexão, visto que olha para trás enquanto se dirige para o solstício de inverno no hemisfério norte. [Há outra figuração que mostra o Sagitário com seu arco e seta voltados para o infinito, que nos parece a figura simbólica original]. Capricórnio: corpo de bode e rabo de peixe representam uma transição do antigo para o novo no momento em que o sol volta a elevar-se; Aquário: o Aguadeiro que aparece quando vêm as chuvas no inverno; Peixes: o crescimento vivo, mas oculto sob a terra aguada, precedendo Áries e a profusa primavera outra vez [no hemisfério norte].

“Vejo que o meu zênite de fato depende de um astro muito auspicioso, cuja influência, se agora não considero, mas omito, fará a minha Fortuna a partir de então sempre ruim”, diz Shakespeare em ‘A Tempestade’.

Há sincronicidade na astrologia porque a nossa psique é refletida no céu noturno ou diurno do nosso nascimento e da nossa vida em desenvolvimento. O inconsciente contém de fato planetas (deuses) como arquétipos. Todos os planetas juntos compõem o inconsciente que é uma reunião de figuras arquetípicas familiares e advindas de todas as histórias que lemos e que ressoam com Marte: herói; Júpiter: rei; Vênus: anima-alma feminina; Urano: animus-espírito masculino; Saturno: pai, conservador; Mercúrio: embusteiro; Lua: persona; Sol: individuação. Corpo, coração e mente correspondem a pares de deuses; corpo: Mercúrio e Vênus; emoções: Marte e Júpiter; mente: Saturno e Urano.

Na época medieval, Santo Alberto, o Grande, inspirado pelo místico persa Ibn Sina, disse que a psique tem o poder de alterar a matéria exterior e as coisas quando em estados emocionais altamente carregados e quando um padrão astrológico favorável coincide com isso.

Para que  o ano seja completo e para que a natureza funcione, todos os signos são necessários. Do mesmo modo, toda a humanidade precisa de todos os signos para a integralidade da comunidade humana. (Um júri era composto originalmente de doze homens, cada um de um signo astrológico diferente, para que houvesse justiça e completa amplitude humana no julgamento)...
A psique é, na verdade, um sistema solar: instintos, emoções e pensamentos orbitam os luminares do Self e do ego. O sol representa a consciência e a lua, o inconsciente. Trata-se das faces interior e exterior da psique humana. Os planetas são princípios operacionais em ação, coração e mente. O céu e a terra têm entre si vínculos definidos: nosso fluxo sanguíneo e a coagulação vinculam-se com a lua, tal como as marés. "Assim como em cima, é também embaixo" - eis a maneira alquímica de dizê-lo.

Urano representa a ruptura do familiar com vistas a abraçar o novo. É dessa maneira que ao planeta representa a sincronicidade. Urano é a intervenção divina que introduz mudanças e reversões inesperadas por meio de pessoas e eventos incomuns que aparecem em nosso caminho. Posso encontrar o inesperado tendo somente o espaço entre mim e ele?

“Veja como o chão do céu traz uma camada espessa de traços de ouro brilhante.... A harmonia que está nas almas imortais!” A psique humana traz em si todas as estrelas e planetas como metáforas do nosso potencial pleno. Eles são não apenas corpos celestiais, como macrocosmo do nosso microcosmo individual.

Somos compostos de sua própria órbita e vibração, pela qual somos altamente influenciados. Somos influenciados porque feitos à sua imagem. Os céus nos refletem e somos de fato filhos das estrelas: reflexões terrestres de constelações celestiais: “Rejubilai-vos, porque vossos nomes se acham inscritos no livro do céu”. [Extraído de ‘Milagres Inesperados’, p. 58/63. David Richo. Pensamento. Título do original: ‘Unexpected Miracles’. 1998].
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   Luz, Amor e Paz! (Campos de Raphael).