sábado, 19 de abril de 2014

“Certa Noite, Véspera de Páscoa” – (As Bodas Alquímicas de Cristão Rosacruz).

"Vi então maravilhosa figura feminina, trajando uma veste de cor azul como o céu e magnificamente coberto de estrelas douradas. Na mão direita segurava uma trombeta de ouro maciço em que estava gravado um nome que bem pude ler, porém que mais tarde não me foi dado revelar". (Christian Rosenkreuz).
(*) Antes de nascer, você eu já vivemos. E as características do Anjo da Guarda do dia de nosso nascimento físico, pode revelar o que viemos fazer neste "campo quântico de possibilidades": expandir a consciência da "criança divina" -, 'Deus em nós', o Self imortal. Mas esquecemos nossa origem divina ao adentrar a veste física, qual a missão escolhida e as lições a ser apreendidas no embate das "forças dos opostos"... Mas, NOTE BEM: Embora a infância seja pré-determinada, é-nos dado mudar o rumo da vida, na adolescência e vida adulta - para o 'bem' ou o 'mal'; para baixo ou o Alto... "Destino" é fruto de tudo aquilo que, no hoje vivente, você escolhe! (Campos de Raphael).

“Certa Noite, Véspera de Páscoa” – ‘As Núpcias Alquímicas de Christian Rosenkreuz’ - [Cristão Rosacruz].

“O mais elevado saber é que nada sabemos”. (‘As Núpcias Alquímicas de Christian Rosenkreuz’, p.8].

“Certa noite, véspera do dia de Páscoa estava sentado à mesa e, segundo o meu costume, conversado com o Criador em humilde oração e meditado sobre grandiosos segredos – pelos quais o Pai das Luzes mostrara-me em profusão sua majestade”.

Desejava, pois preparar no coração, juntamente com meu bem-amado cordeiro pascal, um bolo ázimo imaculado, quando repentinamente se desencadeou vento tão terrível que nada pude pensar senão que, por força da violência, minha casinha escavada na montanha se desmoronaria. Contudo, tal tentativa do Diabo, que me havia causado muitas penas, não me surpreendeu.

Cobrei ânimo e prossegui minha meditação até alguém tocar-me as costas, coisa que não estava acostumado, assustando-me de tal modo que me não ousei volver. Conservei a confiança, porém até onde pode fazê-lo em tais circunstâncias a fraqueza humana. Todavia, após ser puxado pelo casaco repetidas vezes, eu me voltei.

Vi então maravilhosa figura feminina, trajando uma veste de cor azul como o céu e magnificamente coberto de estrelas douradas. Na mão direita segurava uma trombeta de ouro maciço em que estava gravado um nome que bem pude ler, porém que mais tarde não me foi dado revelar.

Na mão esquerda tinha um maço de cartas, escritas em vários idiomas que ela, como soube, mais tarde, deveria distribuir por todos os países. Tinha também grandes e belas asas, cobertas de olhos em toda a sua extensão, com que podia evolar-se e voar mais rápido do que a águia... Quiçá houvera podido observá-la com mais vagar, porém como permaneceu tão pouco tempo junto a mim. E eu ainda estava aterrorizado e maravilhado, disso desisti.

Tão logo eu me voltei, buscou entre suas cartas, extraindo dentre elas uma pequena, que colocou sobre a mesa com profunda reverência, retirando-se de minha presença sem dizer sequer uma palavra. Enquanto se evolava, porém tocou sua trombeta tão vigorosamente que a montanha inteira reboou. Após quase um quarto de hora, eu ainda não podia escutar a própria voz.

Diante dessa aventura inesperada, realmente não sabia eu, pobre lorpa, o que fazer. Por isso, caí de joelhos e pedi ao Criador que me guardasse de tudo o que pudesse ameaçar minha salvação eterna, após o que, com temor e tremor, apanhei a pequena carta.

Se mesmo fora ela de ouro maciço não seria tão pesada como era. Ao examiná-la com cuidado, descobri um pequeno selo com que estava fechada. Neste estava gravada uma cruz delicada com a inscrição: In hoc signo + vinces – [Por este sinal vencerás].

Tão logo descobri esse sinal, acalmei-me sobremaneira, pois bem me era conhecido que tal sinal não agradava ao Diabo, e que ele próprio não o utilizaria. Abri cuidadosamente, pois a carta. Nela estavam escritos, em fundo azul e com letras douradas, os seguintes versos:
Hoje, hoje, hoje,/ é o dia das núpcias do rei./ Se nelas tomar parte hás nascido/ e por Deus para a alegria eleito foste,/ podes vir até a montanha/ em que os três templos se encontram/ e lá o milagre contemplar.

Sê vigilante!/ Examina-te prudentemente!/ Se te não purificares,/ as núpcias podem causar-te dano./ Quem dos pecados não se lavar,/ demasiado leve achado será! – Em baixo estava: Sponsus et Sponsa. (‘As Núpcias Alquímicas de Christian Rosenkreuz', p. XV/XVII. Editora Rosacruz Áurea. 1993). [*]
(*) A obra acima, foi editada originalmente em 1616 pela Rosacruz Clássica, e recebeu uma análise esotérica de Jan van Rijckenborgh, que esteve a frente do trabalho da Escola Espiritual da Rosacruz Áurea, entre 1924 a 1968 – quando deixou a veste física. Um ano antes, ele realizou a V Conferência de Aquarius, primeiro na Europa e a seguir no Brasil, em 1967, no Grande Hotel de Águas de São Pedro, Estado de São Paulo. Na época, éramos alunos dessa Escola Espiritual e acompanhamos o trabalho dele desde a I Conferência de Aquarius em 1963, na Holanda. (C.de R).

E de Núpcias Alquímicas, extraímos estes trechos: Quem se aprofunda no curso de desenvolvimento do trabalho gnóstico, descobre que ele pode ser comparado com a subida de escada numa torre. A cada momento um novo degrau da escada em espiral pode ser galgado e, de tempos em tempos, as janelas da torre oferecem-nos, durante a subida, novas vistas que nos fazem silenciar de gratidão e iluminam consideravelmente nosso discernimento no Caminho”...

... “Quem foi ou quem é Christian Rosenkreuz? [Ou melhor, Cristão Rosacruz]. Ele é o protótipo do verdadeiro homem original, que realmente é Cristo, o homem em quem o Cristo foi liberado após percorrer a senda da cruz na força da rosa”.

“Esse caminho é a via crucis. A cruz surge mediante duas linhas de força [uma vertical e outra horizontal] que se entrecruzam perpendicularmente. Isso significa uma mudança total, uma transformação de forças, uma transmutação alquímica”.

“A rosa [símbolo do reino divino] em nós tem de ser ligada a seu verdadeiro campo de vida, o campo da imortalidade. A rosa deve ser libertada mediante a via crucis da transfiguração. Eis por que falamos de Rosa-Cruz. Esse trabalho tem de acontecer na força de Cristo, na força eletromagnética da vida universal. Por isso, o homem que realmente percorre e realiza esse caminho pode ser denominado Christian Rosenkreuz” - [ou melhor, Cristão Rosacruz]...

“O conteúdo do livro é extremamente fantástico: No decorrer de sete dias C.R.C. vivencia diversas cerimônias e provas; finalmente é sagrado Cavaleiro da Pedra Áurea. Precedendo os sete dias, há um prólogo e um sonho. Após achamos descrições românticas [alegóricas], entre outras a pesagem das virtudes dos candidatos. Muitos reis, imperadores e nobres não suportam sequer o primeiro julgamento, representado pelo primeiro peso, e expulsos com diversas penas.

Os eruditos e nobres são escarnecidos, os piedosos senhores e supostos magos são apresentados como enganadores do povo e artesão de uma imitação da pedra filosofal e são expulsos do prato da balança com golpes de chicote e açoite.

Outros são fanfarrões: um diz escutar o céu murmurar, outro pode ver o mundo ideal de Platão, um terceiro pode contar os átomos de Demócrito, um quarto descobriu o movimento perpétuo - o  Perpetuum Mobile.
  Todavia, a renúncia a todo e a qualquer tipo de egocentrismo, bazófia e presunção lhes é completamente estranha: nenhum deles morreu a morte das cobiças... Unicamente a modéstia e autoconhecimento permitem a C.R.C. vencer. Quando, ao chegar ao final de suas provas, deve escrever seu nome numa pequena capela, ele escreve: “O mais elevado saber é que nada sabemos”. [Cf. ‘As Núpcias Alquímicas de Christian Rosenkreuz’, p.7/8. Editora Rosacruz Áurea. 1993].
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 Luz, Amor e Paz! (Campos de Raphael).

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