sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A CANÇÃO DA PÉROLA - (Antigo Mito Gnóstico).


(*) Acorde! 'Caminhante das Estrelas': "Antes de reencarnar na Terra, você fez um plano do que pretendia alcançar. Dentro desse plano, fez contratos com todas as pessoas de sua vida: um contrato com seus pais, irmãos, irmãs, parentes e amigos. Eles o ajudam a passar por tudo o que você planejou realizar nesta vida". (Dolores Cannon. Hipnoterapeuta). Dolores afirma o que já temos dito: antes de nascer cada um de nós escolhe a nivel da Alma, as lições de vida a serem experienciadas no campo quântico das possibilidades, junto com aqueles que estamos interligados por laços kármicos do passado. Ninguém nasce numa certa circunstância ou família por Acaso. Tudo faz parte do aprendizado constelado pelo ser interior imortal ('Self'). E assim como o mapa astral indica influências planetárias do dia e hora em que você escolheu nascer, as características do Anjo do Guarda que o acompanha desde o seu nascimento, revelam as potencialidades, qualidades, profissões e o tipo de personalidade 'feminina' ou 'masculina'. E cada existência é uma oportunidade de expansão da sua Consciência Divina... (Campos de Raphael).

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A CANÇÃO DA PÉROLA - (Mito Gnóstico).
Uma nuvem não sabe por que se move em tal direção e em tal velocidade. Sente um impulso... é para este lugar que devo ir agora. Mas o céu sabe os motivos e desenhos por trás de todas as nuvens, e você também saberá, quando se erguer o suficiente para ver além dos horizontes”. (Richard Bach). [‘Ilusões’, p. 99. Record].

“Quando eu era criança e vivia no reino de meus pais e usufruía da riqueza e o esplendor daqueles que me criaram, meus pais decidiram me incumbir de uma jornada, longe do nosso lar no Oriente. Mas, não me enviaram sem provisões, pois me prepararam um suprimento da abundância de seus tesouros. A bagagem continha ouro, prata, calcedônia e opalina. Além disso, cingiram-me com Adamas [a veste Adamantina], um metal tão duro que tritura o ferro. Grande era a carga dessas provisões, mas também leve, de tal modo que pudesse carregá-la sozinho”.

“Minha esplêndida veste de glória, que com Amor haviam tecido para mim, eles a retiraram de meus ombros, como também o manto púrpuro que me servia com perfeição. E gravaram em meu coração um acordo real para que jamais o esquecesse, onde declaravam:
Se desceres ao Egito (*) e nos trazeres a Pérola Única, que repousa no fundo do mar, guardada pela serpente tonitruante, então, quando voltares, receberás de novo tua veste de glória e teu manto real e, junto com teu irmão, nosso vice-rei, serás o herdeiro do nosso reino’.
(*) 'Egito': 
Terra escura).
Deixei o Oriente acompanhado por dois enviados reais, com ordens de me protegerem, porque eu era jovem e precisaria de ajuda nessa tão perigosa jornada. E atravessamos várias terras entre o Oriente e a terra do Egito, até chegar à sua fronteira, onde os meus guardiões me deixaram.

Tendo chegado ao Egito, viajei a um lugar próximo do mar e do local onde sabia que a serpente vivia. E estabeleci-me numa estalagem a fim de aguardar o momento em que a serpente adormecesse, para que eu pudesse resgatar a pérola.
Eu era um estranho para os demais que moravam na estalagem. Mas, lá também encontrei alguém que me era familiar, agradável e descendente da realeza; e dele recebi o conselho para me resguardar de os egípcios, por serem impuros. Disfarcei-me, então usando suas mesmas vestes, para não descobrirem ser eu um estrangeiro tentando resgatar a pérola, e pudessem atiçar a serpente contra mim.

No entanto, logo eles perceberam não ser eu seu compatriota. Simularam então amizade por mim e me persuadiram com lisonjas a beber de suas bebidas fortes e a comer de sua comida, que preparavam para mim. Ter sucumbido às lisonjas dos egípcios tornou-se para mim uma grande calamidade. Desfaleci em profundo estado de esquecimento e, não mais sabendo ser filho de Rei, passei a servir ao seu rei. E assim, esqueci complemente da pérola, para resgate da qual os meus pais me haviam enviado...

Meus pais, no seu reino logo souberam o que me acontecera e se afligiram por mim. Emitiram então uma proclamação, convocando os grandes do reino para uma reunião, na qual elaboraram um plano para impedir que viesse a definhar no Egito. E escreveram-me uma Carta, na qual cada um dos grandes a assinou:

De seu pai, o Rei dos Reis, e de tua mãe, a regente do Oriente, e de teu irmão, o vice-rei, para ti, nosso filho no Egito, saudades. Desperta de teu sono profundo e fica alerta à mensagem desta Carta. Lembra-te de quem és: descendente de um Rei. E vede a quem estás servindo em sombria escravidão. Lembra-te também da Pérola, pela qual descestes ao Egito. Recorda-te da tua veste de glória e do teu esplendido manto, a fim de que volte o momento em que eles possam, novamente, cingir os teus ombros, e, por eles envolvido, teu nome verdadeiro possa ser inscrito no Livro dos heróis e te possas enfim tornar, como teu irmão, nosso vice-rei, herdeiro do nosso reino
...
A Carta era uma mensagem mágica para mim. Meu pai a lacrara de tal modo que ficasse protegida contra os terríveis habitantes das sombrias regiões por onde ela deveria atravessar antes de chegar até a mim...
“A Carta veio sob a forma de uma águia em vôo, rei de todas as aves, até chegar ao meu lado para ouvir sua mensagem. E ao ouvir a sua voz, acordei do meu sono, levantei-me, peguei a Carta e a beijei; abri seu lacre e li seu conteúdo. As palavras eram as mesmas que haviam sido inscritas em meu coração. E lembrei-me de tudo: ser filho de reis, e que minha alma, nascida para a liberdade, ansiava por encontrar os seus semelhantes.

E também me lembrei da pérola, em busca da qual viera para o Egito. Encantei a serpente tonitruante, cantando para ela o nome de meu pai, de meu irmão e de minha mãe, a regente do Oriente. Agarrei, então, a pérola e retornei para ir ter com meus pais. Retirei os trajes imundos dos habitantes da 'terra escura' e voltei meus passos em direção à Luz de nossa Terra, ao Oriente.
Enquanto prosseguia em meu Caminho, era guiado pela Carta que me despertara e, como outrora me estimulara com sua voz, agora também me guiava com a sua Luz, brilhando à minha frente. Sua voz me encorajava contra o medo, enquanto seu Amor me incentivava a prosseguir.

Assim, continuei a jornada e atravessei por regiões e cidades que ficavam entre as terras do Egito e a minha Terra, o reino do Oriente. Então, os guardiães dos tesouros reais enviados por meus pais, que por sua fidelidade foram imcumbidos dessa missão, trouxeram-me minha esplêndida veste que antes eu havia tirado, e também o meu manto real.

Mas, de repente, quando os vi sobre mim, essa esplêndida veste de glória me parecia mais e mais com o meu próprio reflexo; eu a vi como se fosse o meu próprio Ser e a diferença entre ela e mim se desvaneceu de tal modo que éramos dois em diferenciação, mas UM só em singular união. Mesmo os guardiães dos tesouros que trouxeram minha veste me pareciam agora uma única pessoa, marcados com o selo de magestade de meu pai.

E pude observar melhor a veste, em todo o seu esplendor. Estava enfeitada com cores gloriosas; sobre ela, havia ouro e diversas jóias e suas bordas eram de Adamas. A imagem do Rei dos Reis brilhava em toda a veste e nela ondulava os sagrados movimentos da Gnosis. Percebi então que a veste estava prestes a falar comigo, e sons de grandes hinos ressoaram em meus ouvidos, enquanto ela pousava sobre mim:‘Eu sou aquele que produziu as ações daquele para quem fui gerado na casa de meu pai'. E percebi como a estatura do meu Ser interior se ampliava segundo suas obras...
A veste se acomodou inteiramente sobre mim com movimentos de realeza e soltou-se das mãos daqueles que a seguravam, para vir repousar sobre os meus ombros. E eu a amei tanto que corri até ela para recebê-la; estendi meus braços e me cobri com suas gloriosas cores, ficando inteiramente envolto por essa veste real de glória.


Nela envolvido, subi, então, para os portões da saudação e de adoração. Inclinei minha cabeça e adorei o esplendor de meu pai, que me enviara a veste, cujas ordens eu cumprira e que ele cumprira comigo o prometido. E no portal de sua nobreza encontrei os grandes do seu reino.

Meus pais estavam jubilosos de me receber, pois agora, finalmente, juntara-me a eles em seu reino. E com poderosa e melódica voz todos os seus servos os louvaram, e eles exclamaram que haviam prometido que eu deveria voltar à corte do Rei dos Reis para que, tendo resgatado a Pérola, aparecesse junto com Ele [o Rei]”. (*).
(*) O autor de 'A Canção da Pérola', conhecida também como 'Hino da Pérola', é desconhecido; acredita-se que foi composto pelo gnóstico sírio Bardesanes, devido a alguns paralelos entre sua vida e a do Hino. (Wikipedia).
 
Click e veja tb.: 'Você Que Veio das Estrelas' - Poema. (Wagner  Borges). 


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[Texto revisto e corrigido em 20.11.2015. Rio das Ostras. R. J. Brasil]. 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Anjos: A História de Jamie – Melvin Morse


“Não fique triste nas despedidas. Uma despedida é necessária antes de vocês poderem se encontrar outra vez. E se encontrar de novo, depois de momentos ou de vidas, é certo para os que são amigos”
... (Richard Bach). [‘Ilusões’, p. 144. Record].

"A experiência mais bonita que se pode ter é a do misterioso... Aquele para quem esta emoção é estranha, quem não mais pode pausar para admirar e maravilhar-se, é como se estivesse morto". (Albert Einstein). [Cf. 'Uma Sincronicidade Para a Cura', p.09. Míria de Amorim. Editora Caravansarai].

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Anjos: A História de Jamie – Melvin Morse

Pergunta: “O senhor poderia nos contar a história de Jamie? Como esse caso veio a seu conhecimento? O que havia de tão especial em relação a essa criança?”
MM: A história de Jamie é única e interessante porque ela não tinha a menor idéia de ter tido uma experiência de quase-morte e, ainda assim, ela foi capaz de vir até mim de um modo simples e direto. De fato, ela não compreendeu bem a sua própria experiência e acabou por ficar apavorada.

Por coincidência, sua mãe era uma das recepcionistas de meu consultório e estava familiarizada com as minhas pesquisas no Hospital Infantil de Seattle. E ela também sabia que a filha vinha tendo pesadelos horríveis depois de quase ter morrido de meningite bacteriana.
Aos cinco anos de idade, Jamie chegou o mais próximo da morte que é possível chegar e ainda ser reanimada, graças à tecnologia médica atual. Meu colega disse que mais dez minutos e ela não teria sobrevivido.

Jamie entrou em coma devido a uma grave infecção no cérebro e na medula espinhal. Foi levada imediatamente para a sala de tratamento de pacientes em choque. Logicamente colocaram-na no soro e deram-lhe oxigênio. Foi quando o seu coração parou. Usaram-se todos os recursos de reanimação cardiopulmonar.
Em outras palavras, ela estava clinicamente morta e tiveram de fazer o seu coração voltar a bater. Efetuaram compressões no tórax, introduziram-lhe um tubo nos pulmões e fizeram com que respirasse; por fim, administraram-lhe poderosos antibióticos. Depois, foi removida de helicóptero para o Hospital Infantil de Seattle.

P. “Como conseguiu fazer com Jamie partilhasse as suas experiências com o senhor?”
MM: Quando entrevistei Jamie, depois de sua recuperação, mostrou-se bastante tímida, receosa, muito amedrontada; e pude perceber que aquela experiência representava uma grande carga emocional para ela. Era algo tão forte e tão pessoal que não queria contar a ninguém.
 
Passei horas em videojogos com ela. Foram muitas, muitas horas de trabalho paciente. Finalmente, consegui que fizesse um desenho e, depois, perguntei se poderia desenhar a si mesma em uma maca de hospital; ela depois desenhou meu colega, o Dr. Christopher, tentando ressuscitá-la. E retratou até os dedos dele entrelaçados e posicionados corretamente sobre o seu tórax.
Depois de ver o desenho, eu disse ao Dr. Christopher que lhe daria um dez em ressuscitamento cardíaco. Cada detalhe de seu ressuscitamento estava exposto no desenho. Havia a enfermeira usando gorro na cabeceira da cama; havia o aparelho de eletrocardiograma. Obviamente, são detalhes que eu me recuso a pensar que ela tenha inventado só porque assiste muita televisão, ou coisa que o valha.
No desenho, ela se via flutuando no ar. Enquanto desenhava eu lhe fazia perguntas sobre cada detalhe, como: “Quem é aquele homem sentado no tronco de árvore?” Ela respondeu: “Oh, aquele é Jesus. Ele é muito legal”. Depois me mostrou os anjos que desenhou.
Quando fez um arco-íris, pedi: “Fale-me do arco-íris”, e ela declarou: “Oh, ele é a luz”. “Oh! A luz?”, perguntei. E ela: “É, a luz que me disse quem eu era e para onde iria”. Jamie demonstrou certeza de que essa luz era uma coisa distinta de Jesus e dos anjos.

"Depois de partilhar comigo a sua experiência, Jamie sofreu profundas mudanças: deixou de ter pesadelos, melhorou o rendimento na escola e começou a perder o excesso de peso ganho desde que ficara doente. Mais interessante é que o fato de ela ter verbalizado a sua experiência deu-lhe crédito".
Jamie agora acredita que o que lhe aconteceu é real e partilha a sua experiência com outras crianças em estado crítico ou desenganadas pelo câncer, ou por outras doenças fatais. Ela costuma visitar o Hospital Infantil de Seattle, o Hospital Maybridge e o Hospital Geral Valley, para conversar com as crianças que se acham em situação terminal, ajudando-as a se prepararem para o processo de partida...

P. “Após tantos anos de pesquisa, como o senhor definiria uma experiência de quase-morte? Quais as características que definem esse tipo de experiência?”
MM: Experiências de quase-morte acontecem com pessoas que sobreviveram à morte clínica, ou seja, aquelas cujos corações pararam de bater ou que estiveram em coma profundo, após o que se esperava terem sofrido danos cerebrais irreversíveis. Acontecem também em situações de risco de vida, por exemplo, com alpinistas que caem de grandes alturas e são salvos, ou ao cair em um banco de neve, ou mineiros que passam horas ou dias presos em minas debaixo da terra em situação quase fatal.
 
De fato, é entre esta segunda categoria que encontramos o maior número de experiências com anjos. Mineiros presos em minas, por causa de desmoronamentos, frequentemente descrevem anjos ou espíritos de outros mineiros que os ajudam a encontrar um abrigo seguro. Isto tem sido descrito na literatura médica por mais de trinta anos.

P. “De todas as histórias que o senhor já ouviu, é possível estruturar um padrão, um arquétipo da experiência de quase-morte?”
MM: A experiência de quase-morte começa com a sensação de que você está fisicamente morto ou de que vai morrer. A seguir, vem a sensação de ser puxado para fora do corpo; a pessoa realmente se sente flutuando sobre o próprio corpo. É possível ver as técnicas de ressuscitamento postas em prática e até ouvir as pessoas comentarem: “Oh, nós o perdemos!”

Depois vem a completa escuridão; esta transição é frequentemente acompanhada de sussurros ou rugidos ou, até mesmo, por música celestial. Então se é jogado na escuridão total, que é assustadora.
 
Muitas crianças dizem ter medo da escuridão por terem a sensação de que estão vivas. Pensam ter saído de seus corpos e sentem-se no vazio absoluto. É neste vazio que geralmente encontram uma luz espiritual, que pode tomar a forma de um parente já morto ou às vezes, para as crianças, um professor ainda vivo.
Normalmente a luz é percebida sob a forma de uma figura religiosa – Deus ou Jesus, ou Buda para os budistas, ou Maomé, no caso dos muçulmanos. Essa luz lhes dá conforto. Não somente um espasmo reflexo do nervo óptico, ou a persistência da luz nos vasos da retina na hora da morte. É uma sensação de amor, de paz e serenidade; um amor incondicional, que muitos de nós jamais sentimos.
É na incidência dessa luz que, muitas vezes, lhes é dada a opção de retorno ao corpo. É ficar ou voltar; só depende de você. Às vezes não há escolha; Jamie me contou: “Disseram-me que ainda não era a hora de eu morrer. Tenho de ajudar minha mãe a cuidar de meu irmão”...


MM: Quando há escolha, ela é invariavelmente feita com base no amor ou com um propósito ou significado para a vida. Nunca ouvi alguém dizer: “Voltei porque ainda não fiquei tempo suficiente no meu emprego” ou “Voltei porque ainda não ganhei uma bolada na bolsa de valores”.
Como um menino me contou, ele flutuou fora de seu corpo e estava subindo as escadas que levam ao céu, mas achou que não seria justo continuar a subir, porque seu irmão mais novo havia sido morto. Ele quis dizer que não seria justo com seus pais se morresse também. Este menino precedeu a narrativa dizendo: “Dr. Morse, tenho um segredo maravilhoso para contar ao senhor. Eu estava subindo a escada para o céu”.
 
"É por esta razão que adoro as experiências de quase-morte com as crianças, pela simplicidade. Elas não têm rebuscamentos exagerados ou detalhes infindáveis. Vêem exatamente o que vêem e nos contam da maneira como lhes aconteceu". (Melvin Morse). [Cf. ‘Anjos: Os Mensageiros Misteriosos’, p. 226/230. Rex Hauck. Nova Era/Record].
Luz, Amor e Paz! (Campos de Raphael).

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Anjos da Guarda e Eventos Ruins – Sophy Burnham.

“Uma nuvem não sabe por que se move em tal direção e em tal velocidade. Sente um impulso... é para este lugar que devo ir agora. Mas o céu sabe os motivos e desenhos por trás de todas as nuvens, e você também saberá, quando se erguer o suficiente para ver além dos horizontes”. (Richard Bach). [Cf.‘Ilusões’, p. 99. Record].
V. tem um Anjo Guardião!

Anjos da Guarda e Eventos Ruins – Sophy Burnham.
Pergunta: “Se todos têm anjos e anjos da guarda, por que acontecem coisas ruins?”
SB: “Essa pergunta é extremamente importante e é uma das que, eu acho, para qual ninguém tem resposta. Mas acredito em algo que considero, agora, ser bastante aceitável”.

Os anjos aparecem para ajudar de todas as maneiras; eles fazem milagres; podem interferir nas leis físicas do universo; tenho até histórias de carros se chocando e ficar tudo bem. Mas uma coisa que não podem fazer é interferir em nosso livre-arbítrio.
Existe uma história, no A Book of Angels, de uma mulher chamada Sara, na Grécia, que se encontra em uma situação bastante perigosa. Ela reza uma oração: “Senhor Jesus, tenha pena de mim. Senhor Jesus Cristo, tenha pena de mim”.

Está aterrorizada. Sendo cristã, ela reza naturalmente para Jesus. Seria o mesmo se ela fosse muçulmana: rezaria para Alá. Não importa. Mas, nesse caso, ela rezou para Cristo e sentiu duas mãos virem por trás e alçarem-na pelas costelas.
E sentiu todas aquelas manifestações de que anteriormente eu falava sobre se aninhar em braços calorosos, cheios de conforto, amor imenso e segurança. E as mãos a carregaram, atravessaram a estrada e uma ponte, e a deixaram no chão.

Ela caiu e esfolou os joelhos. Levantou-se e saiu correndo para o vilarejo, subiu pesadamente as escadas de sua pensão e irrompeu bruscamente no quarto onde estavam os seus amigos. Todos perguntaram: “Sara, Sara, o que aconteceu?”
E ela: - “Nada, nada, tive um susto lá fora, uma assombração. Não aconteceu absolutamente nada”. E um deles diz: “Não. Você está resplandecendo de luz, você viu Deus?”

Bem, anos depois, ela foi violentada e durante o estupro, repetia: “Agora, meu anjo da guarda vai aparecer e me salvar. Agora, meu anjo vai aparecer e me salvar”. E não veio anjo algum; não apareceu ninguém e ela foi violentada.
Conversamos sobre isso e ela me disse que estava tudo bem, porque ao suportar o que ocorrera, aprendeu outro nível de perdão, aprendeu a perdoar o estuprador.

Eu pensei que, de fato, os anjos podem fazer tudo, mas não podem deter a mão assassina ao enfiar uma faca em seu coração. Não podem interromper a guerra, nem podem alterar o livre-arbítrio de um ser humano de ferir outro...
P. “Existe alguma maneira de perceber ou fazer contato com seus anjos?”
SB: Ouço isso a toda a hora. “Como posso fazer contato com o meu anjo? Como posso ver o meu anjo? Como posso me aproximar de meu anjo?”

O cerne da questão é que não temos de fazer isto. Tudo o que devemos fazer é reconhecer as bênçãos de nossa vida e dizer “obrigado”. Quanto mais agradecemos, mais bênçãos se derramarão sobre nossas vidas e mais abertos ficaremos.
Não cabe a nós procurar ver os anjos. Cabe aos anjos se revelarem a nós. Em última análise, não importa que você veja [ou não] o seu anjo. O que importa é quando você chega ao fim de sua vida, olha para trás e questiona: “Conduzi bem a minha vida? Estendi a taça da compaixão a alguém?”

 

Tenho a história de uma garota que passou pela experiência de quase-morte. Ela tinha doze anos quando ocorreu. Sofreu todas as experiências que pessoas em situação de quase-morte têm – atravessou um túnel de luz, ao final do qual havia seres espirituais ou anjos.
Surge então uma barreira que não pode ultrapassar – um prado, uma cerca, ou um rio – mas pôde se aproximar da margem - e então a sua vida lhe é mostrada – a sua vida inteira passa diante de seus olhos, como se diz, e a razão porque se o diz é que, aparentemente, é o que acontece quando se morre.

Mas sua vida até ali fôra muito curta, apenas doze anos, e ela reparou que lhe estava sendo mostrada em rápidas cenas, como um código Morse com apenas traços e espaços no meio. E então, percebeu que lhe mostravam apenas aqueles momentos que ela amara incondicionalmente. E, assim, ela escolheu voltar porque não havia ainda amado incondicionalmente o suficiente.

Agora, eu acho que é isto que estamos sendo convocados a realizar: vibração cada vez mais elevada, vocações cada vez mais elevadas, vida espiritual cada vez mais elevada. Isso é extremamente doloroso. Como se pode amar a pessoa que lhe insultou? Como se pode amar incondicionalmente a pessoa que feriu os seus sentimentos? E como se livrar de seus ressentimentos?
Bem, Buda passava duas horas diariamente fazendo exercícios de perdão. Ele despendia duas horas por dia se colocando em um estado de perdão e enviando uma onda de perdão para o mundo [como no processo de cura havaiano Ho’oponopono]. Estamos fazendo isso. Pessoas rezam o tempo todo, pessoas perdoam os inimigos o tempo todo, pessoas estendem a mão para ajudar mesmo a estranhos, o tempo todo.
 P. “È interessante que, quando São Tomás de Aquino falou sobre anjos com sendo “seres de luz”, ele descreveu intuitivamente leis físicas cuja veracidade a física quântica parece ter comprovado. Você pode explicar isso?”
SB: Vêem-se coisas em meditação. Meditação é a maneira de ver os seus anjos. Pode ser que você tenha de aprender a meditar, mas quando medita, você vê coisas.

Lucrécio, um poeta e filósofo romano, foi a primeira pessoa a elaborar a teoria atômica – a teoria dos átomos. Ele os viu em meditação e declarou: “Cadeiras e mesas são feitas de átomos com espaço entre eles – [assim como os] seres humanos”.
Agora, quando foi isso? Século I a.C.? Algo assim. Como ele pôde saber? Porque meditou e viu a teoria em meditação, que é quando se vê os anjos. Portanto, os cientistas com toda a exploração já realizada pela física quântica, acabam atingindo o topo da montanha onde está sentado o místico e de onde ele já viu tais coisas.

Mas agora tudo isso pode ser provado. Pode ser demonstrado com a construção de reatores de três bilhões de dólares com cíclotrons de colisão giratória.

P. “Por que alguns tentam negar a experiência de um encontro com um anjo?”
SB: Depois de as pessoas terem tido uma experiência com um anjo – depois de terem tido a sua vida salva por um anjo, depois de terem olhado nos olhos de um anjo – nada é mais como antes. Isto cria um grande conflito.

Após os anjos salvarem a minha vida quando era garota, não quis acreditar. Não estava preparada para ter a minha vida virada de cabeça para baixo. Eu não acreditava em Deus naquela época, e não estava preparada para assumir a responsabilidade que aquilo acarretava. Então, simplesmente tirei o fato da minha cabeça, e disse: “Não aconteceu”.
Anos se passaram e durante esse tempo tive várias outras experiências e, à medida que mais coisas aconteciam, fui forçada a voltar e reexaminar aquela experiência particular, e reconhecê-la pelo que foi – pelo que tive medo de reconhecer como tal.

Não é algo que se deseje ver realmente ver um anjo. Pode ser que você queira, mas não se trata de um momentozinho tolo. É um momento de enorme força e você o carregará pelo resto de sua vida. Talvez não o possa contar a ninguém, mas será uma daquelas experiências críticas de Maslow, que não se dissipam. Você irá olhar para ele e o tocará e o relembrará e será confortado e curado por ele, e saberá que alguma coisa mais irá acontecer.
P. “Devemos alguma coisa aos anjos?”
SB: Sim. Devemos aos amigos agradecimento, louvor e, especialmente, adoração a Deus. Mas eles se satisfazem com palavras gentis, ternura e agradecimentos amorosos. Apenas diga “obrigado” aos anjos o tempo todo.

Eles são muito graciosos. E brincam. E querem que você ria. Você pode lhes oferecer risos e eles ficarão extremamente satisfeitos. Os anjos são graciosos porque se assumem alegremente.
P. “Estamos nos tornando mais compassivos? Estamos aprendendo?”

SB: Penso que essa é a tarefa. E a pergunta é: Podemos ousar amar ao invés de odiar? Parece que estamos conseguindo. Podemos ensinar as nossas crianças que existem anjos prontos a ajudá-las? Podemos ousar ensiná-las que é bom orar quando o desejamos e, quando o fazemos, alcançamos o que precisamos?
Ousamos admitir para nós mesmos, não só na igreja, mas nos fatos de nossas vidas, que vivemos em um mundo muito maior, mais grandioso do que podemos estar cônscios? Aceitamos esse desafio? Não sei se é uma escolha individual.

“Você pode dar as costas, abaixar a cabeça e fugir, mas não conseguirá aguentar. Você tem de ir para onde tudo isso está nos levando. E está nos levando para a Luz, para um plano mais amoroso. Mas ainda temos o livre-arbítrio. Podemos parar a qualquer momento”. (Sophy Burnham). [Cf. ‘Anjos: Os Mensageiros Misteriosos’, p. 100/105. Rex Hauck. Record].
Luz, Amor e Paz! (Campos de Raphael).