sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O LIVRO DE ANJOS - Sophy Burnham

“Uma nuvem não sabe por que se move em tal direção e em tal velocidade. Sente um impulso... é para este lugar que devo ir agora. Mas o céu sabe os motivos e desenhos por trás de todas as nuvens, e você também saberá, quando se erguer o suficiente para ver além dos horizontes”. (Richard Bach). [Cf.‘Ilusões’, p. 99. Record].
V. tem um Anjo Guardião!



 "A experiência mais bonita que se pode ter é a do misterioso. Aquele para quem esta emoção é estranha, quem não mais pode pausar para admirar e maravilhar-se, é como se estivesse morto". (Albert Einstein). [Cf. 'Uma Sincronicidade Para a Cura', p.09. Míria de Amorim. Editora CaravansaraI].
Um Livro de Anjos - Sophy Burnham.
Pergunta: “Você pode nos contar como veio a escrever e publicar ‘A Book of Angels’?
 
SB: Bem, primeiro é preciso entender que sou escritora profissional;  havia escrito Revelations e não tinha nada para fazer. E pensei em anotar – só para mim ou para minhas crianças, não para publicar – todas aquelas coisas mágicas, misteriosas e impossíveis que me haviam acontecido ou a pessoas muito próximas, que eu sabia não estarem mentindo.

Eram apenas histórias; eu as escreveria e as deixaria assentar em minha cabeça para ver que realidade elas retratariam, pois não faziam sentido no meio lógico, racional científico e acadêmico, que minha criação me fez acreditar ser o modo pelo qual o mundo funcionava. Assim, havia todas aquelas histórias e eu ficava pensando: serão realmente verdade ou fruto de minha imaginação?

Bem, eis como cheguei à primeira versão do que veio a ser ‘A Book of Angels’ – sem saber se eram vivências reais ou minha imaginação. Cheguei até à metade do projeto e o mostrei a alguns amigos que ficaram bastante impressionados com o material. E eu também. Quando se é escritor, você sabe quando produz alguma coisa boa e quando não. Grande parte do escrevo não fica legal. Mas, nesse caso, simplesmente senti que ele tinha uma força enorme. Então decidi publicá-lo.
P. “Você poderia falar sobre as mudanças que ocorreram enquanto aguardava a publicação de ‘A Book of Angels’?”
 
SB: Nos anos 1980 escrevi seis livros em oito anos – um volume imenso de trabalho. E não consegui publicar nenhum. Todos eles eram sobre a vida espiritual, a busca espiritual. Não os consegui publicar porque as pessoas naquela época não estavam interessadas. Era o período mais materialista dos anos Reagan, a geração yuppie, como chamada pelos jornais.

Acho que, à medida que avançávamos na nova década [90], alguma coisa acontecia; houve uma mudança de consciência. As pessoas descobriram que não conseguiam se satisfazer. O buraco no coração estava lá – não importava quanto dinheiro empurrasse para dentro dele; quantos casamentos, casacos de pele, quantos BMW. Ainda assim não havia paz no coração.

E o que estamos procurando é plenitude e paz. Estamos nos aproximando do novo milênio e tivemos estes noventa anos de horror; estamos nos dando conta de que algo está faltando e que as pessoas estão famintas, espiritualmente famintas.
P. “Quando falamos de anjos, de que exatamente estamos falando?”

SB: Existem estes seres espirituais. Aparentemente eles são uma espécie diferente de nós. Muitas pessoas dizem que os humanos evoluem até a anjos depois que morrem ou após muitas existências vivendo e morrendo. Outras dizem que os anjos são de uma espécie diferente, criada por Deus no início dos tempos; com o primeiro facho de luz, com o primeiro momento de música, o anjo apareceu.

Não sabemos. Mas o que sabemos é que existem esses seres a quem chamamos de anjos, que estão ao nosso lado, que trazem ternura e luz, uma grande sensação de glória e cores – simplesmente magníficas. Quando são vistos, vivenciamos fervor e amor incomensuráveis. Eles nos amam além do que possamos imaginar que seja possível ser amado.

 
A compaixão com que somos sustentados pelo universo está além da imaginação; na maior parte do tempo não nos damos conta disso. Vez por outra, ocorre uma pequena rachadura na concha, uma pequena brecha no véu e, então, podemos ver tudo aquilo. Mas, em seguida, fecham-se novamente.

Os anjos se aproximam, mas não gostam de ser vistos; preferem se disfarçar. Eles não vão entrar à força e intrometer-se em nosso senso de realidade. Portanto, virão de diversas maneiras que não interfiram com nossa percepção de como a realidade deve funcionar.

Virão como visões, vozes, intuições – o tapinha no ombro que diz: “Vá por aqui e não por ali”. Todo mundo já teve essa experiência de afirmar: “Eu sabia que não devia ter ido por aquela estrada, mas não ouvi”. A leve intuição é a voz sussurrante de uma anjo ou a orientação de uma asa angelical. Também se apresentam como animais. Tenho histórias maravilhosas deles como animais...
 
Minha história favorita de animal refere-se a uma mulher em um ônibus. Na verdade, é uma história do livro de Hope McDonald, ‘When Angels Appear’. A mulher está indo para casa  tarde da noite, E no ônibus; há apenas um homem com ela. Repentinamente sente que o homem irá saltar junto com ela em seu ponto deserto e irá segui-la. E fica bastante assustada. Reza então uma oração.

Efetivamente, quando ela salta o homem salta também. Mas, justo nesse momento, aparece enorme cachorro branco da raça Grandes Pireneus, ajeita a cabeça na mão dela e à  acompanha até sua casa, e o homem desaparece. O cão aguarda até que ponha a chave na porta e vai embora a trote. Ela vivia naquela vizinhança e nunca vira o cachorro antes e jamais o viu novamente...

Esse tipo de acontecimento é coisa de anjo. Não se sabe o que é aquele cachorro; talvez seja cachorro mesmo. Mas o chamaremos de anjo porque ele tomou a forma de um anjo. Ele fez a tarefa dos anjos. Às vezes aparecem como humanos. Eu me aproximo de alguém e digo exatamente o que precisa ouvir. Você chega a mim e diz justamente aquilo de que necessito no momento.
 
Acaso? Coincidência? Coincidência é a maneira de Deus fazer anonimamente um milagre. E existem aqueles momentos plenos de serendipidade [acasos felizes, que levam a descobertas inesperadas] – mãos invisíveis que puxam alguém de carros pegando fogo – todas essas coisas que simplesmente não compreendemos.

“E algumas vezes raras e ocasionais, aparecem em sua glória plena e radiante, como anjo – porém, isso é mais incomum, geralmente são as crianças que os vêem – pessoas muito inocentes, cheias de fantasia e que ainda vêem com o coração. E é muito difícil estarmos abertos a isso porque é perigoso. Você pode se machucar se tiver um coração aberto”. (Sophy Burnham). [*]
 
[*] Sophy Burnham: Autora bestseller de ‘A Book of Angels’, ‘Angel Letters e The President’s Angel. Burnham ensinou no Writer’s Center em Washington, D.C. Atualmente exerce o cargo do Fund for New American Plays (Fundo para Novas Peças Teatrais Americanas), em Washington. [Cf. ‘Anjos: Mensageiros Misteriosos’, p. 91/95. Rex Hauck. Record].
Textos já publicados:
Encontre o seu Caminho na Vida. (Hazel Raven).
Luz, Amor e Paz! (Campos de Raphael).

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