terça-feira, 1 de novembro de 2011

A LENDA DO GRAAL, A ESMERALDA & RAPHAEL.

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A Conexão Mística: A Esmeralda, Taça do Graal e Raphael.
Os pastores das montanhas ao redor do histórico Castelo de Montségur, no Sul da França, contam a lenda que remonta ao tempo dos cátaros naquela região, 700 anos atrás, que Lúcifer ao cair do céu, desprendeu-se de sua coroa divina uma pedra de esmeralda. E dela foi lapidada o cálice do Santo Graal...

Existe uma significativa conexão entre os atributos da esmeralda, Raphael, seus oito “anjos de cura” e as propriedades curativas espirituais do Santo Graal. E a Lenda, adaptada magistralmente por Richard Wagner na ópera ‘Parsifal’, tem provocado desde o século passado profunda ressonância na alma das pessoas. E a nossa mente racional não sabe explicar por quê.

Na bela e significativa versão de Wagner, Parsifal sente-se atraído pela brilhante armadura dos cavaleiros do Santo Graal e ao tentar acompanhá-los chega à Mont Salvat. Gurnemanz, o mais idoso dos cavaleiros, ao questioná-lo de como chegou até ao Castelo do Graal, Parsifal revela uma tola ingenuidade, e diz: "Não sei"... Gurnemanz, porém imbuído de que ele é o predestinado a curar e libertar o rei Amfortas de indizível sofrimento, leva Parsifal a adentrar o santuário do Graal. E à pergunta de Parsifal: "O que é o Graal?" Gunermanz, responde:

"Não podemos dizê-lo; mas se por Ele tu foste enviado.
De ti a verdade não ficará escondida.
Julgo que tua face me é conhecida.
Nenhum caminho conduz ao Seu Reino,
E a procura d'Ele mais distante te vai levar,
Se não for Ele próprio a te guiar".

Mas, ao ver que Parsifal nada entende do sofrimento do rei Amfortas, Gunermanz o expulsa do castelo. Parsifal irá atravessar uma sofrida circum-ambulação, que o amadurece e o capacita recuperar a lança sagrada, cujo toque pode curar feridas incuráveis, mas jamais usada para ferir. E com ela Parsifal toca a ferida de Amfortas, pondo fim ao seu eterno sofrimento...

Misteriosamente, antes de conhecer o mito de Parsifal, nem estar sendo guiado pelos anjos da Sincronicidade, adentrei as ruínas de um histórico Castelo do Graal no Sul da França, aos 34 anos, número sagrado aos cavaleiros templários.

E antes mesmo de descer à cripta onde eles eram iniciados nos símbolos sagrados do Graal, gravados na rocha, os registros do passado afloraram, e experienciei pela primeira vez uma vivência espiritual ligada ao Amor divino, como energia presente no Ser quântico interior, que nos interliga ao âmago de tudo ao redor, todos os seres e coisas.
Os registros no inconsciente pessoal, talvez expliquem porque a ópera de ‘Parsifal’ evoca reminiscências no ser profundo, das pessoas. E mais tarde descobri algo bem mais comprovável:
o recipiente sagrado do Graal lembra a história do caldeirão druida de Asterix e Obelix, aonde é preparada a poção mágica que os tornam invencíveis na batalha contra os adversários.

E você pode achar ainda mais estranho o fato de que, o caldeirão dos druidas tem tudo a ver com o Caldeirão do ‘I Ching’ (Ting, hexagrama 50). O livro que Jung consultou antes de elaborar o seu Prefácio, e no qual ele diz:

“Sempre tentei permanecer livre de preconceitos e curioso. Por que não ousar o diálogo com um antigo livro que se propõe como algo vivo?! ...e o leitor poderá observar um procedimento psicológico que tem sido posto em prática através dos milênios da civilização chinesa, representando para Confúcio e Laotse tanto a expressão suprema da autoridade espiritual quanto um enigma filosófico”... E a resposta surpreendeu a Carl Jung:
“Em meu hexagrama os “agentes espirituais” enfatizaram com o nove na 2ª e 3ª posições... Assim, o I Ching diz de si mesmo: “Eu contenho alimento (espiritual)”. Como a participação em algo grande sempre desperta inveja, o coro dos invejosos é parte da cena. Os invejosos querem despojar o I Ching daquilo que ele possui de grandioso, isto é, procuram roubar ou destruir o seu significado. Mas, a riqueza de significado está assegurada, ou seja, o I Ching está seguro de suas positivas conquistas, as quais ninguém lhe pode tirar”.

“No decorrer do tempo o conceito aparentemente mudou, de modo que hoje já não podemos apreender o I Ching. E assim, “ele é impedido em suas atitudes”. Já não somos amparados pelo sábio conselho e profunda visão intuitiva do oráculo; por isso, não mais encontramos o caminho através das complexidades do destino e da escuridão de nossa própria natureza”.

“Quem responde tem uma noção interessante sobre si mesmo: se vê como um recipiente no qual as oferendas ao sacrifício são trazidas aos deuses... Concebe a si próprio como utensílio de culto destinado a prover o alimento espiritual para os elementos ou forças inconscientes (‘agentes espirituais’), que foram projetados como deuses – em outras palavras, para dar a essas forças a atenção que necessitam para desempenhar seu papel na vida do indivíduo”. [E os anjos guardiães dependem disso por respeitar o livre-arbítrio]... [Cf. ‘Prefácio’ ao I Ching, p. 18/19. Pensamento].
Nascemos e existimos rodeados de mistérios, e no centro deste círculo encontra-se um enigma a ser desvendado – o da esfinge humana que, no árido deserto da vida, nos defronta com esse mistério. E durante a existência no espaço-tempo cada indivíduo tem a oportunidade de desvelar seu profundo enigma e significado, e ninguém poderá fazê-lo em nosso lugar.

Mas você pode ter a certeza, e posso testificar que os anjos, como agentes da Sincronicidade, sempre prestam auxílio a todo aquele que sinceramente busca encontrar suas respostas, e a guiá-lo para achar a chave interior que abre e revela os mistérios de sua própria vida...
Luz, Amor e Paz! (Campos de Raphael).

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